Infelizmente, bonança política aqui no Brasil significa marasmo e a permanência do status quo, com todos os problemas sem prazo para resolver.
Esta foi a terceira grande manifestação apenas neste ano.
Na primeira vez, em março, o governo considerou os participantes como eleitores da oposição, e anunciou um pacote anti-corrupção como medida reativa, mas cujos pontos não tinham aplicação imediata, dependendo do Congresso para a sua implementação.
Em abril, na segunda vez, Dilma praticamente delegou boa parte de suas obrigações ao vice-presidente Michel Temer e se transformou quase numa figura decorativa. O Congresso, principalmente a Câmara, fez valer os seus interesses, exercendo, às vezes, uma oposição mais vigorosa na figura de seu presidente, Eduardo Cunha. Detalhe: ele é membro do PMDB, o maior partido da base aliada.
Desta vez, o governo simplesmente não está agindo. Simplesmente reconheceu que os protestos eram democráticos e ordeiros - e isso é bom, pois significa um progresso em relação ao início do ano - mas não acenou com contrapartida alguma.
Por outro lado, os manifestantes procuraram se concentrar na figura da presidente, de Lula e seus aliados mais fiéis, principalmente o presidente do Senado Renan Calheiros. Outras pautas, que poderiam atrapalhar as reivindicações, se tornaram menos relevantes. Existem pessoas que cometeram os erros citados na postagem anterior, como vestir a camisa da Seleção da CBF - trata-se de um evento político e não esportivo - e defender uma esdrúxula intervenção militar. Boa parte ainda insiste no impeachment, uma medida prevista em lei, mas vista com reservas mesmo por oposicionistas ferrenhos, devido ao desgaste institucional e por exigir muito tempo e pelo menos 60% dos votos válidos para ser posto em prática.
Apesar do empenho das centenas de milhares de pessoas, o dia seguinte foi de calmaria, como se tudo não passasse de mais uma banalidade. Não é só o PT que age como se nada tivesse acontecido de verdade. Os manifestantes voltaram a trabalhar normalmente, sofrendo com as consequências da má administração em Brasília, o grande motivo para a gritaria.
Esta foi a terceira grande manifestação apenas neste ano.
Na primeira vez, em março, o governo considerou os participantes como eleitores da oposição, e anunciou um pacote anti-corrupção como medida reativa, mas cujos pontos não tinham aplicação imediata, dependendo do Congresso para a sua implementação.
Em abril, na segunda vez, Dilma praticamente delegou boa parte de suas obrigações ao vice-presidente Michel Temer e se transformou quase numa figura decorativa. O Congresso, principalmente a Câmara, fez valer os seus interesses, exercendo, às vezes, uma oposição mais vigorosa na figura de seu presidente, Eduardo Cunha. Detalhe: ele é membro do PMDB, o maior partido da base aliada.
Desta vez, o governo simplesmente não está agindo. Simplesmente reconheceu que os protestos eram democráticos e ordeiros - e isso é bom, pois significa um progresso em relação ao início do ano - mas não acenou com contrapartida alguma.
Por outro lado, os manifestantes procuraram se concentrar na figura da presidente, de Lula e seus aliados mais fiéis, principalmente o presidente do Senado Renan Calheiros. Outras pautas, que poderiam atrapalhar as reivindicações, se tornaram menos relevantes. Existem pessoas que cometeram os erros citados na postagem anterior, como vestir a camisa da Seleção da CBF - trata-se de um evento político e não esportivo - e defender uma esdrúxula intervenção militar. Boa parte ainda insiste no impeachment, uma medida prevista em lei, mas vista com reservas mesmo por oposicionistas ferrenhos, devido ao desgaste institucional e por exigir muito tempo e pelo menos 60% dos votos válidos para ser posto em prática.
Apesar do empenho das centenas de milhares de pessoas, o dia seguinte foi de calmaria, como se tudo não passasse de mais uma banalidade. Não é só o PT que age como se nada tivesse acontecido de verdade. Os manifestantes voltaram a trabalhar normalmente, sofrendo com as consequências da má administração em Brasília, o grande motivo para a gritaria.
Novas manifestações poderão acontecer, até este governo terminar. Na pior das hipóteses (para nós), em 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário