A agência de classificação de riscos Moody's, como já se esperava, rebaixou a nota de crédito do Brasil. Passou a ser Baa3, um degrau a menos, e bem no limite do "grau especulativo", onde a maioria dos países latino-americanos está, com honrosas exceções (México e Chile).
Para alívio do país, e também do nosso governo ainda estabelecido, a perspectiva passou a ser "estável", e não mais "negativa". Ou seja, a condenação do Brasil a ter títulos "junk" ("lixo") só será decretada, ou não, na próxima reunião da agência.
Considerando a atual situação, com previsões cada vez mais amargas a respeito das taxas de juros, inflação e queda do PIB, a agência até foi benevolente. Não se pode dizer exatamente o mesmo da Standard & Poor's, que no mês passado rebaixou a perspectiva dos títulos brasileiros para "negativa" e lhes dá nota também um degrau acima do grau especulativo (BBB-). Portanto, a S&P poderá ser a primeira agência a declarar nosso país um lugar inseguro para os investidores. Em 2008 era o contrário.
A Fitch, menor e mais nova das três agências, também está para rebaixar a sua nota (BBB), mas aí a margem de segurança é um pouco maior, pois está a dois degraus do limite para as notas "junkies".
A Fitch, menor e mais nova das três agências, também está para rebaixar a sua nota (BBB), mas aí a margem de segurança é um pouco maior, pois está a dois degraus do limite para as notas "junkies".
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