Tem gente lamentando 2015 como o pior da década, diante de tanta roubalheira, incompetência, rapinagem, patrimonialismo, crise política, inflação ameaçando ir para 10%, PIB em queda, aumento do desemprego, governo incapaz de administrar suas contas ao dizer que teremos déficit primário não só neste ano, mas também em 2016!
Não adianta pular das notícias brasileiras para as internacionais, pois se fala muito do Estado Islâmico e da crise dos refugiados na Europa decorrente não só da barbárie cometida pelos fanáticos (que tiveram a pachorra de destruir um antigo templo nas ruínas de Palmira, patrimônio cultural da humanidade) mas também pelo descaso com vidas humanas por parte dos traficantes de gente que se aproveitam do desespero alheio.
E no esporte? A crise não parece ser só no futebol. O judô nunca esteve tão mal nestes últimos anos, com desempenho decepcionante de nossos lutadores no Mundial do Cazaquistão: apenas duas míseras medalhas de bronze até ontem, quando terminaram as disputas. No atletismo, nada de surpresas, mas o Brasil praticamente sumiu, enquanto muitos corredores estão tentando disputar com Usain Bolt, já em fim de carreira mas ainda firme como o melhor atleta da atualidade. Um deles, Justin Gatlin, quase roubou a cena. Só a Fabiana Mürer conseguiu brilhar, ganhando a prata no Mundial de Pequim.
Calma lá! Ainda faltam quatro meses e não vai adiantar querer que haja alguma notícia boa para salvar este ano. O jeito é permanecer forte e estar pronto para enfrentar os desafios futuros, que serão muitos e bastante difíceis, se não estivermos preparados. 2016, por outro lado, promete não ser nem um pouco melhor, mesmo que Dilma saia do poder.
Só há motivos para desespero, então? Nem tanto. As instituições continuam firmes apesar deste crise terrível, não há convulsão social à vista e a opinião pública mostrou vigor ao forçar o governo a desistir da CPMF.
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