terça-feira, 1 de setembro de 2015

Setembro Negro

Este mês que vai começar lembra o título de um grupo terrorista palestino atuante na década de 1970. 

Ele foi formado a partir da resposta ao massacre de palestinos promovido pelo rei Hussein, da Jordânia, vítima de uma tentativa de golpe de Estado em 1970 por radicais islâmicos. Os refugiados palestinos, até então bem tratados e apoiados pelo rei contra a ocupação israelense, passaram a ser perseguidos e expulsos. Muitos deles formaram esse grupo terrorista, responsável por atos cruéis, como o atentado à delegação israelense na Olimpíada de Munique, um dos momentos mais terríveis da história do esporte em todos os tempos e modalidades. A OLP mandou desmantelar a organização no final da década, mesmo porque Israel organizou uma repressão sangrenta, mandando matar todos os membros do grupo em qualquer parte do mundo. Este ato de vingança contra os atletas trucidados pelo Setembro Negro foi chamado de "Cólera de Deus". 

Usaram de crueldade e impuseram o medo. Assim como este novo mês, que promete ser cruel e apavorante.

Já neste primeiro dia, o dólar já estava a R$ 3,68, maior valor da era petista. As chances de derrubar a presidente Dilma estão se esvaindo, apesar da petição de um renomado jurista ex-filiado ao PT, Hélio Bicudo. Eduardo Cunha, o outrora aguerrido presidente da Câmara, está bem mais manso com ela, e até já voltou às conversas. Mesmo assim, os desdobramentos do provável novo Orçamento de 2016 podem fazer o Brasil sair da lista de países considerados bons pagadores, pois as três agências de classificação de risco poderão rebaixar as notas de crédito.

Dessa forma, não só setembro, mas outubro, novembro, dezembro, assim como 2016 e, provavelmente, 2017 e 2018, serão negros (sem qualquer conotação racista, pois este blog deplora qualquer discriminação racial e outros crimes puníveis pela Constituição). 

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