quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Respeito merecido ao Vasco

A situação do Vasco piora mais depressa do que a do ambiente político e econômico do Brasil. 

Em 2014, Eurico Miranda foi eleito presidente e disse que o respeito iria voltar. Aparentemente, sim, quando o Vasco foi campeão carioca. O desempenho de um time, porém, não pode ser medido apenas pelo desempenho num campeonato regional. Numa disputa como o Campeonato Brasileiro, teria tudo para ser diferente. E foi. Radicalmente. 

No início da disputa, o cruzmaltino não convenceu muito, mas também não dava mostras de que iria fraquejar tanto: empates com o Goiás (no São Januário), o Figueirense (Orlando Scarpelli) e o Internacional (novamente no estádio do Vasco), de acordo com a tabela fornecida pelo próprio site do clube. Este último não mostraria o que iria fazer no segundo jogo, no Beira-Rio. Mais adiante vou escrever sobre isto.

Depois do primeiro jogo com o Inter, o Vasco sofreu sua primeira derrota, e feia, no final de maio, contra o Atlético-MG: 3 a 0, no "Horto". Depois, uma sequencia bem longa de outras derrotas, para Ponte Preta (em pleno São Januário), Atlético-PR (na Arena da Baixada), Cruzeiro (no São Januário), Sport (Arena Pernambuco).

Após um mês de surras, o Vasco deu alegria ao seu dirigente ao vencer o Flamengo, o maior rival, na Arena Pantanal, como mandante. Depois, venceu o Avaí no São Januário. Os dois placares foram mínimos (1 a 0), mas indicavam uma reação que não houve.

Depois, uma sequencia terrível, com destaque para as surras impostas pelo São Paulo (4 a 0), no Mané Garrincha, e pelo Palmeiras (4 a 1), em pleno estádio cruz-maltino. Vitória, mesmo, apenas sobre o Fluminense, outro rival local, no Maracanã, por 2 a 1.

Nada disso se compara ao jogo no Beira-Rio. O Internacional nem parecia estar no páreo para ganhar o Brasileirão, mas aproveitou-se do mando de campo e da terrível fase do rival para fazer SEIS gols:

Ernando, aos 10 minutos.
Eduardo Sasha, aos 39 minutos.
Lisandro López, aos 8 do segundo tempo.
Valdívia, aos 12 do segundo tempo.
Nílton, aos 17, e
Lisandro López novamente, nos acréscimos.

Realmente, um placar de respeito.

Os sites de humor, como o "Futebol da Depressão", não perdoaram

N. do A.: Este resultado foi muito comentado, assim como a terrível atuação da arbitragem no campeonato, principalmente a de Sandro Meira Ricci, o mesmo juiz dito "da Fifa" protagonista da polêmica expulsão de Cavani no jogo Uruguai x Colômbia na Copa América. Ele e o bandeira Fábio Pereira invalidaram um gol legal de Cícero, que poderia anular a desvantagem do Fluminense na Arena Corinthians (Malcom havia feito um no começo do jogo). O veterano Ralf acabou selando a vitória corintiana em um jogo onde os dois times estavam desfigurados pelos desfalques. Curiosamente, Ricci é um dos poucos juízes que despertam ódio na torcida corintiana, pois, entre outras atuações, expulsou Emerson Sheik e Mendoza no jogo da Libertadores contra o São Paulo. O jogo acabou vencido pelo Tricolor paulista, que se classificou para as oitavas-de-final do torneio, e o Corinthians passaria a enfrentar o Guarani do Paraguai... 

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