No programa eleitoral de ontem e nos discursos de hoje o PT tenta desqualificar os argumentos da oposição, sem propor algo viável e insinuando que o Brasil está no caminho certo.
Estamos no caminho certo para a ruína. Todas as conquistas sociais ganhas pelos governos Lula e Dilma estão prestes a serem arruinadas por uma combinação de cortes nas verbas sociais, queda brutal no crescimento econômico (que pode chegar realmente a 2% ou até mais), desemprego crescente, inflação estourando o topo da meta em pouco mais da metade do ano, e falta de atitudes inteligentes para administrar a crise.
O PT não reconhece que errou, e parece ter dificuldade para isso. Essa atitude piora a imagem do partido ainda mais. Pensar que estão fazendo o certo quando agem errado é algo típico de gente psicótica, fundamentalista e com comportamento destrutivo capaz de aniquilar inclusive a eles próprios.
Tentam convencer a população que a oposição só pensa nela própria ao tomar atitudes supostamente golpistas. Quais? Um processo de impeachment está perfeitamente dentro da lei, e mesmo assim pouca gente da oposição quer isso, por enquanto, apesar de 66% da população apoiar. Somente alguns radicais querem atos realmente golpistas, como a deposição de Dilma pelas Forças Armadas ou a dissolução do Brasil como República Federativa. Convocação de novas eleições é vista como "terceiro turno", mas isto também não fere a Constituição no caso do TSE considerar a campanha de Dilma como irregular, o que a tornaria uma usurpadora do poder, e não uma governante legitimamente eleita, como ainda deve ser considerada até conseguirem provar o contrário.
A população quer o governo (e também a oposição) assumindo sua parte no sacrifício e está furiosa com a voracidade psicótica com que Brasília consome o NOSSO DINHEIRO, mesmo com a crise. Tentam só agora um esforço pífio para reduzir o número de ministério, uma das maiores causas da gastança sem freios, mas esbarram na má vontade do PT e da base aliada.
Querem medidas eficazes para estancar a fuga de dólares, desinvestimentos, crise energética provocada não só por problemas hídricos mas por má gestão, prejuízos na Petrobras, uma estatal violentada pelos desvios bilionários, sistema de saúde praticamente genocida com gente morrendo em filas de hospitais sem esperança de atendimento, falta de empregos e de educação de qualidade principalmente para os mais humildes.
Não está adiantando implementar ideias mais pautadas na ideologia do que na realidade, como o programa Mais Médicos, que não consegue resolver o problema da saúde e mais financia a ditadura dos Castro do que garante as boas condições de trabalho para os médicos cubanos. Repete a velha prática política de achar que as decisões tomadas pelos governantes são as únicas certas, mas como nas ditaduras tratam as divergências como atos inimigos ou de gente sem direito a ser tratada com o devido respeito.
O povo precisa ser tratado com respeito e não como um bando de indivíduos a serem guiados por alguém "iluminado" ou "infalível", como se esta pessoa existisse por aqui ou em qualquer outro lugar do mundo. Espera que seus representantes tomem decisões concretas para o nosso país melhorar, e não meras atitudes para beneficiar A, B ou C.
Enfim, pedem uma mudança de rumo. Se ele não for corrigido logo, pode levar muito mais tempo para consertar o estrago. Outros cinco séculos, talvez.
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