Tudo começou com uma carreta tombada no Rodoanel cuja remoção durou horas e exigiu até o uso de uma retroescavadeira, provocando um congestionamento na região de Barueri e Carapicuíba. O caminhoneiro, muito provavelmente exausto depois de ter vindo de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, perdeu o controle e causou o acidente.
A carga era constituída de porcos vivos que iriam para o abatedouro. Aliás, porcas, pois eram todas fêmeas, e algumas estavam prenhes.
Depois da remoção do veículo, constatou-se que muitos animais estavam feridos, com ossos quebrados. 22 foram recuperados pelo frigorífico e já foram abatidos. Outros 19 morreram no local do acidente. A maioria deles, porém, foi levada por ativistas de causas animais e levados a um santuário em São Roque - a mesma cidade onde outros ativistas resgataram cães que iam servir de cobaias para um laboratório, em 2013.
Com a melhor das intenções, os ativistas tentaram salvar a vida de cerca de 60 animais. Estão organizando uma vaquinha para cuidar deles. Submetem-nos a tratamentos para cuidar das feridas e das fraturas, sabe-se lá como, com resultados duvidosos. Têm dificuldades até para alimentá-los, pois as porcas estão acostumadas às rações e não aos legumes que são oferecidos (isso quando têm os dentes preservados). Alguns deles não resistiram e foram eutanasiados.
A ideia de muitos dos trabalhadores do santuário é doar os bichos a quem quiser criá-los como animais de estimação, o que é difícil de se encontrar por aqui. Então a tendência é mantê-los no santuário, cujo local não é exato. As porcas, cujo destino original era virar pernil e costela para o churrasco dos "carnívoros", agora estão aos cuidados de alguns devotados "vegetarianos", que julgam saber o que é bom para elas. Conseguirão alguém para fazer pelo menos uma delas virar um "pet"?
Nenhum comentário:
Postar um comentário