Completa-se um ano da tragédia em Mariana, neste sábado.
Até agora a Samarco, joint venture que reúne a Vale do Rio Doce e a anglo-australiana BHP, não indenizou devidamente as vítimas da maior tragédia ambiental. Enquanto isso, acumula multas que ainda não está pagando, e milhares de processos pelos quais ainda não é oficialmente ré. Seria muito melhor ter apenas um ou dois processos, e a empresa já ser oficialmente indiciada, mas estamos num país onde a Justiça é disfuncional.
Rio Doce dias após a tragédia; um ano depois, a situação não é muito melhor (imagem do Youtube)
Lama continua a jorrar para o rio Doce, mantendo-o praticamente morto. Não houve esforços suficientes para conter a enxurrada, e isso pode piorar com a chegada das chuvas.
O Brasil se gaba de ter uma natureza exuberante, mas nutre uma relação quase psicótica com ela. Muita gente por aqui comemora o tratado de Paris, que entra em vigor hoje para conter o aquecimento global, um dos assuntos ambientais em voga, mas já está esquecendo o rio Doce, vítima de um crime ambiental sem precedentes.
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