sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A cratera de Fukuoka que sumiu

Existem aspectos muito inusitados que acontecem neste mundo, mas não dá para abordar na série "Mondo Cane", como ontem. 

Um dos assuntos do mês foi aquela cratera enorme que se formou em uma avenida de Fukuoka, no Japão, dia 8 deste mês. Parecia um desastre, e poderia ser mesmo, vitimando muitas pessoas. O orifício era pouco menor do que uma piscina olímpica. Felizmente, ninguém se feriu. 

Mais tarde, a mesma cratera virou motivo para um viral da Internet: ela teria sido tampada, completamente, sem deixar vestígios, em apenas DOIS dias. 

A história, porém, era mirabolante demais, mesmo num país conhecido pela eficiência em consertar locais arrasados, devido ao enorme risco de terremotos devastadores que assolam o território. Descobriu-se a verdade: o conserto não levou só dois dias, mas uma semana inteira. "Muito" mais tempo...

Onde foi parar a enorme cratera que destruiu uma avenida em Fukuoka? (divulgação)

Para consertar o estrago, provocado por um misto de manutenção deficiente na rede de esgoto, obras no metrô local e excesso de umidade no solo, precisaram mobilizar um grupo grande de trabalhadores, que restauraram os dutos rompidos, taparam o buraco e refizeram o asfalto no local. O prefeito da cidade, Soichiro Takashima, disse que a avenida está "trinta vezes mais resistente do que antes". 

Como discurso de político é bem parecido em qualquer lugar, resta nos ater aos fatos: realmente, os consertos no Japão são para valer, apesar de toda a celeridade. Por aqui, em uma semana não dá nem para terminar o jogo de empurra-empurra envolvendo os culpados pelos desastres. 

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