Procuradores da Polícia Federal querem 16,7% de aumento no seu salário, autorizado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, uma fábula diante da contenção geral de gastos.
Não dá para aceitar essa tunga ao NOSSO DINHEIRO, mesmo considerando que eles são os responsáveis por desbaratar a megacorrupção em nossa pátria saqueada. 16%, em tempo de racionalização, não seria justificável nem mesmo se eles conseguissem provas para colocar todos os envolvidos na cadeia.
Além de não terem feito isso para incriminar o núcleo político da gigantesca máfia, um aumento desses iria fatalmente gerar outros em cascata no Judiciário, além de passar uma mensagem indesejada ao governo: o Ministério Público estaria com dinheiro sobrando; passa também uma mensagem aos adversários da Lava Jato, ou melhor, duas: seria um ato corporativista e uma medida de Rodrigo Janot tentar criar embaraços à sucessora, Raquel Dodge, pois esse aumento entraria em vigor já com ela na chefia da Procuradoria Geral da República.
A impressão não é boa. Um procurador-geral ganha R$ 28 mil apenas em salário, além de outros benefícios. Um ministro do STF, teto para o funcionalismo público, ganha R$ 33,7 mil. O salário mínimo é de R$ 937.
Apoiemos a Lava Jato, mas não compactuemos com os abusos. Se alguns deles estão com a intenção de fazer política ao invés de buscarem provas para botar os políticos na cadeia, devem abandonar o MPF e ingressarem em algum partido político - não que isso ajude a melhorar o nosso sistema político-partidário, merecedor das críticas mais duras e ferozes. Ou então, se eles querem mostrar sua importância para a sociedade, a ponto de quererem um aumento de salário capaz de comprometer o Orçamento, devem se lembrar de uma frase de T. S. Eliot, o poeta norte-americano naturalizado inglês:
"Metade do mal que é feito neste mundo vem de pessoas que querem se sentir importantes. Elas não querem fazer o mal, mas o mal que causam não interessa a elas. Ou elas não vêem ou justificam o que foi feito por estarem absorvidas numa luta sem fim para ter uma boa imagem de si mesmas."
Além de não terem feito isso para incriminar o núcleo político da gigantesca máfia, um aumento desses iria fatalmente gerar outros em cascata no Judiciário, além de passar uma mensagem indesejada ao governo: o Ministério Público estaria com dinheiro sobrando; passa também uma mensagem aos adversários da Lava Jato, ou melhor, duas: seria um ato corporativista e uma medida de Rodrigo Janot tentar criar embaraços à sucessora, Raquel Dodge, pois esse aumento entraria em vigor já com ela na chefia da Procuradoria Geral da República.
A impressão não é boa. Um procurador-geral ganha R$ 28 mil apenas em salário, além de outros benefícios. Um ministro do STF, teto para o funcionalismo público, ganha R$ 33,7 mil. O salário mínimo é de R$ 937.
Apoiemos a Lava Jato, mas não compactuemos com os abusos. Se alguns deles estão com a intenção de fazer política ao invés de buscarem provas para botar os políticos na cadeia, devem abandonar o MPF e ingressarem em algum partido político - não que isso ajude a melhorar o nosso sistema político-partidário, merecedor das críticas mais duras e ferozes. Ou então, se eles querem mostrar sua importância para a sociedade, a ponto de quererem um aumento de salário capaz de comprometer o Orçamento, devem se lembrar de uma frase de T. S. Eliot, o poeta norte-americano naturalizado inglês:
"Metade do mal que é feito neste mundo vem de pessoas que querem se sentir importantes. Elas não querem fazer o mal, mas o mal que causam não interessa a elas. Ou elas não vêem ou justificam o que foi feito por estarem absorvidas numa luta sem fim para ter uma boa imagem de si mesmas."
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