A segunda denúncia contra Temer, feita pelo antigo procurador-geral Rodrigo Janot, não passou, como era esperado. Foram 251 votos dos deputados a favor do presidente, 233 contra, 25 ausências e 2 abstenções. Bastavam 172 votos a favor para a denúncia não vingar, mas houve maioria simples, mais "sim" do que "não".
Também era perfeitamente dispensável um discurso alarmista como o do relator Bonifácio de Andrada, dizendo que a denúncia "atinge toda a classe política". O tom exaltado soa como paranóia de gente acuada, e não como uma fala de alguém tranquilo com os rumos da atual política, perfeitamente capaz de se proteger da Lava Jato com o espírito de equipe, ainda mais porque todas as provas colhidas contra políticos (como o senador Aécio Neves) foram contestadas e consideradas não conclusivas. Essa fala poderia aumentar a ira contra os políticos. E eles estão lá para defender os interesses dos eleitores (pelo menos numa democracia ideal, algo bem longe da realidade brasileira), não para contrariá-los como eles fazem galhardamente.
Veja quem votou clicando AQUI, segundo o site do UOL.
Agora Temer, que chegou a ter uma crise urinária, pode dedicar o tempo que lhe resta para fazer algo pela sua reputação como presidente, pois até agora ele vem seguindo a tradição dos governantes do Brasil (especialmente sua antecessora, Dilma Rousseff, da qual ele foi vice), usando seu poder para matar os pobres de fome e os ricos (e a classe média) de raiva.
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