segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

2017 vai deixar saudade para uma categoria

Torcedores de futebol, particularmente os do Grêmio, do Corinthians e da Chapecoense, tiveram motivos para achar que o ano de 2017 será para NÃO esquecer. Os motivos são suficientes para eles não ficarem com atestado de demência. 

A Chapecoense, depois de um ano dantesco marcado pela tragédia do 28/11, reergueu-se, conseguiu um elenco que parecia, de início, um "balaio de gatos", mas que, no fundo, graças ao bom planejamento e trabalho em equipe, mostrou sua competência. Não decepcionou na Sul-Americana, ficou dentro do esperado - teve resultados fracos - na Libertadores e ganhou o Campeonato Catarinense. O que deixou o time catarinense orgulhoso de seus feitos foi a melhor campanha num Brasileirão desde a sua ascensão à série A, em 2014, torneio por causa do qual se tornou parte do folclore futebolístico: o time está na elite pelo quarto ano seguido e sempre apronta para cima de algum time maior. Para um time desfigurado e traumatizado no início do ano, uma oitava colocação é algo notável. Garantiu novamente uma participação na próxima Libertadores. Deve continuar a prestar assistência às famílias das vítimas do 28/11, já que a LaMia, a empresa aérea responsável pela tragédia, ainda não foi devidamente castigada. 

Brasileirão vencido pelo Corinthians, antes visto como a "quarta força", pela falta de investimento. Sem dinheiro para gastar por causa da gestão temerária e das dívidas colossais herdadas da gestão Andrés Sanches, agravadas pelas despesas com o estádio construído pela Odebrecht, o alvinegro continuou apostando no relativamente jovem e pouco conhecido Fábio Carille, técnico desde o final do ano passado, e em poucos "medalhões", como o goleiro Cássio, o meia Jadson e o atacante Jô, este último de má memória devido à sua atuação na última Copa do Mundo. Apesar das críticas às vezes duras contra as falhas do trio, o Corinthians conseguiu vencer o Paulistão e mais tarde o torneio mais importante do Brasil, até com certa folga. Novos jogadores passaram a ser destaque (geralmente positivo, mas quando falham também são cornetados), como os zagueiros Pablo e Balbuena e o lateral Fagner. 

Mas ninguém tem o direito de se sentir melhor do que o torcedor gremista. O time gaúcho e seu técnico, o "fanfarrão" Renato Gaúcho, era visto com certo ceticismo. Tem nos seus quadros o atacante Luan, o zagueiro Geromel, o goleiro Marcelo Grohe e o atual destaque Arthur, mas o elenco está longe de ser o mais caro dos times brasileiros - posição ocupada pelo Flamengo (R$ 247 milhões de acordo com valores divulgados em julho), seguido por Atlético-MG, Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo - e, para piorar, o time deu vexame no Campeonato Gaúcho. Com o tempo, esse time mostrou seu poder e conseguiu ficar bem no Brasileirão e, mais importante, voltou a ganhar a Libertadores, torneio mais importante deste lado do mundo, ao derrotar times surpreendentemente perigosos como o Barcelona de Guayaquil e, na final, o argentino Lanús, que tiveram ótimas campanhas e deixaram muitas vítimas pelo caminho (Palmeiras e Santos, San Lorenzo e River Plate). E os gremistas ainda acreditam que vai ficar ainda melhor, pois o Mundial de Clubes vai começar e eles poderão medir forças com o gigante Real Madrid na final. 


N. do A. 1: Mais uma vez, este blog escreverá uma postagem com duas notas. A primeira tem a ver com o texto principal: o ESPN premiou com a Bola de Prata os melhores jogadores, segundo análise dos jornalistas, e montou a Seleção do ano: Vanderlei (Santos); Fagner (Corinthians), Balbuena (Corinthians), Geromel (Grêmio), Thiago Carleto (Coritiba); Michel (Grêmio), Hernanes (São Paulo), Thiago Neves (Cruzeiro), Luan (Grêmio), Dudu (Palmeiras); Jô (Corinthians). Este último levou a Bola de Ouro. Fábio Carille (Corinthians) foi considerado o melhor técnico.

N. do A. 2: Este blog vai deixar para apontar amanhã quem vai ser a "Vergonha Nacional". E, para o ano que vem, não vai se limitar a isso. Vai lançar o selo "Orgulho Nacional", para quem fez bonito. 

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