O mês de novembro teve candidatos fortes ao selo de "Vergonha Nacional", mas vou falar daqueles que perderam por detalhes.
Romero Jucá, o líder do governo no Senado e implicado em vários inquéritos, inclusive na Lava Jato, perdeu pontos devido ao fato de não ser um réu (isso a Segunda Turma do STF ainda vai decidir, e dependendo do julgamento Jucá vai ser um candidato fortíssimo) e ser vítima de uma mulher mal-educada que o hostilizou dentro de um avião, em uma manifestação mais fascista do que democrática. No episódio, ele passou vergonha, não propriamente a causou. Mas a mulher também não foi escolhida, porque ofender políticos não gera revolta em ninguém nestes tempos, ainda mais no Brasil. Pelo contrário.
Luislinda Valois, a ministra "escrava" dos Direitos Humanos que queria ganhar R$ 61 mil por mês, começou como forte candidata, mas depois o pessoal esqueceu o assunto. A indignação conta muito neste caso, mas ela não se sustentou. A ministra tratou de não se comprometer mais depois do episódio, e ficou no esquecimento.
Descartaram-se nomes como os do futebol (salvo algo muito grave, de repercussão nacional), como já foi avisado aqui. Portanto, não teremos nomes como Alex Muralha. Talvez, quem sabe, após a Copa do Mundo, se a Seleção da CBF não ganhar.
Gilmar Mendes até mereceria o selo se ele não fosse ministro do STF, por ter mandado soltar Jacob Barata Filho, quando ele não é isento para fazer isso. Caso fosse outro juiz a autorizar um habeas corpus, estaria perfeitamente de acordo com o Estado de Direito. O "rei do ônibus" no Rio de Janeiro, contra o qual existem acusações graves de corrupção e abuso de poder econômico, também seria um candidato ao "selo", mas ele é mal conhecido fora da "cidade maravilhosa".
Quem passou a receber o selo de novembro é
ANTHONY GAROTINHO
Não bastou o fato de ser preso por acusações graves de corrupção, tráfico de influência e compra de votos. Ainda passou a ser suspeito de ter forjado uma agressão para incriminar seu desafeto político, Sérgio Cabral (já devidamente condenado pela Justiça), quando estava preso em Benfica, mesmo local onde Cabral está cumprindo pena. Por causa disso, foi mandado para Bangu 8, livrando-se de ficar junto do seu inimigo. Garotinho já fez algumas cenas dignas de alguém interpretando Sófocles ou Eurípedes, como no episódio de quando ele foi levado de maca para a prisão, no ano passado.
Mas Garotinho não precisa repetir o gesto - mais transtornado do que simular agressão - de um chefe militar croata condenado a 20 anos de prisão em Haia por crimes de guerra contra os bósnios, durante a Guerra dos Balcãs. Quem recebe o selo de "Vergonha Nacional", nunca mais é "premiado" novamente.
Descartaram-se nomes como os do futebol (salvo algo muito grave, de repercussão nacional), como já foi avisado aqui. Portanto, não teremos nomes como Alex Muralha. Talvez, quem sabe, após a Copa do Mundo, se a Seleção da CBF não ganhar.
Gilmar Mendes até mereceria o selo se ele não fosse ministro do STF, por ter mandado soltar Jacob Barata Filho, quando ele não é isento para fazer isso. Caso fosse outro juiz a autorizar um habeas corpus, estaria perfeitamente de acordo com o Estado de Direito. O "rei do ônibus" no Rio de Janeiro, contra o qual existem acusações graves de corrupção e abuso de poder econômico, também seria um candidato ao "selo", mas ele é mal conhecido fora da "cidade maravilhosa".
Quem passou a receber o selo de novembro é
ANTHONY GAROTINHO
Anthony Garotinho abismado - parece horrorizado com o selo da vergonha, mas esta foto é relativamente antiga |
Não bastou o fato de ser preso por acusações graves de corrupção, tráfico de influência e compra de votos. Ainda passou a ser suspeito de ter forjado uma agressão para incriminar seu desafeto político, Sérgio Cabral (já devidamente condenado pela Justiça), quando estava preso em Benfica, mesmo local onde Cabral está cumprindo pena. Por causa disso, foi mandado para Bangu 8, livrando-se de ficar junto do seu inimigo. Garotinho já fez algumas cenas dignas de alguém interpretando Sófocles ou Eurípedes, como no episódio de quando ele foi levado de maca para a prisão, no ano passado.
Mas Garotinho não precisa repetir o gesto - mais transtornado do que simular agressão - de um chefe militar croata condenado a 20 anos de prisão em Haia por crimes de guerra contra os bósnios, durante a Guerra dos Balcãs. Quem recebe o selo de "Vergonha Nacional", nunca mais é "premiado" novamente.
O general Slobodan Praljak conseguiu superar Garotinho no quesito "fazer drama", mais precisamente "fazer tragédia": bebeu veneno em pleno tribunal e depois morreu (Reuters) |
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