quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Da série 'Mondo Cane', parte 50

A violência doméstica na Rússia é uma questão tratada como um problema particular, e vista com mais complacência do que em outros países onde o problema também é frequente, como no Brasil. No início deste ano, o Parlamento russo aprovou quase por unanimidade (380 contra 3) a descriminação parcial das agressões, desde que elas não causem danos físicos sérios à vítima. 

Quase sempre, as vítimas são mulheres casadas com homens violentos. 

Recentemente, a imprensa internacional divulgou que mulheres vítimas de agressão são obrigadas a pagar as fianças de seus maridos, quando eles são eventualmente presos. Isso acontece principalmente quando o casal tem uma conta conjunta nos bancos. Como se trata de divulgação feita por ativistas, torna-se difícil apurar a veracidade desta acusação gravíssima, e se for realmente um fato, qual é a ocorrência naquele país. O que realmente é verdade é a situação de quase carnificina nos lares russos. São quase 14.000 mulheres assassinadas por ano, segundo dados oficiais. 

Só isso já justifica uma postagem na série "Mondo Cane". Mas não é só isso. 

Um russo, Maxim Gribanov, fez questão de filmar a sua mulher sendo "controlada", por meio de espancamentos frequentes, e mostrar para os seus amigos. A vítima acabou morta pouco tempo depois da última filmagem, com várias lesões internas e fraturas, e ele pode ser condenado a 16 anos de prisão, por se tratar de um caso extremo não protegido nem mesmo pela legislação atual.

 Clique AQUI para ler a notícia. 


N. do A.: Enquanto isso, aqui no Brasil fala-se muito mais de assuntos ligados ao futebol, como os sorteios da Copa Libertadores da América e a renovação do contrato de Renato Gaúcho como técnico do Grêmio, do que sobre a prisão de Paulo Maluf, condenado a quase 8 anos por lavagem de dinheiro na Suíça, ou as pesquisas sobre a popularidade do presidente Temer: a discreta melhora na economia motivou o aumento nos índices de "bom/ótimo" (de 3% para 6%) e "regular" (de 16% para 19%); são números ainda pífios, embora significativamente melhores do que antes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário