Quando foi lançada a bitcoin, em 2008, a moeda virtual (ou criptomoeda) utilizada em várias transações comerciais na Internet valia apenas alguns centavos de dólar. Parecia algo saído de uma utopia: uma moeda livre do controle dos governos, num ambiente que os entusiastas dizem ser o mais liberal do planeta (e isso é uma ilusão, mas vou tratar desse assunto em outra postagem). Bastava ter um computador ou smartphone com um software para a geração das tais bitcoins (ou "mineração"), e o usuário poderia comprar e vender produtos sem depender de nenhuma instituição financeira, apenas usando uma rede de dados segura, garantida por um protocolo de segurança, a blockchain.
Atualmente, o preço da bitcoin está num patamar absolutamente irreal, batendo o recorde de US$ 15.000. Isto é uma típica bolha: atinge valores crescentes por causa da especulação, até decair violentamente quando não houver mais sustentabilidade. Inimigos da moeda, como o poderoso presidente da JPMorgan Chase, Jamie Dimon, não só apontam para o risco de haver um colapso como acusam a bitcoin de ser uma moeda utilizada por terroristas e seus financiadores.
A criptomoeda já sofreu uma forte desvalorização, entre 2014 e 2015, de acordo com o gráfico abaixo. Chegou a atingir valores superiores a US$ 1.100, para depois despencar, em setembro de 2014. Depois disso, chegou a ficar próxima dos US$ 200, no final do ano seguinte. Muita gente perdeu uma fortuna naquela época.
Naquela época, a bitcoin fora usada por várias lojas virtuais para traficantes de drogas, e a descoberta desse comércio ilegal, com a prisão de vários criminosos, mais a proibição de países como a Rússia de utilizar a moeda, e a falência de uma das mais poderosas operadoras, a Mt GOX, causaram uma forte crise. Depois, atraídos pela queda do valor, novos investidores, o surgimento de um protocolo melhorado (Blockchain 2.0) e o aperfeiçoamento dos programas para a "mineração" da moeda, melhorando a criptografia das transações para deixá-las a salvo de hackers e das ações governamentais, fizeram o mercado das bitcoins ficar novamente aquecido, daí a enorme valorização depois de 2015.
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| A cotação do bitcoin desde 2010 até meados deste ano, segundo o site Chartoasis.com |
Não só a especulação aflige os investidores da moeda virtual, mas também a ação de hackers e a falta de cuidados com os dados armazenados nos PCs, notebooks e smartphones, isto é, não se fazer um backup adequado antes de descartar os aparelhos, que não duram para sempre. Ainda há o perigo dos próprios roubos físicos das máquinas citadas.
O site bitcoin.org possui muitas outras dicas para os usuários da criptomoeda, além de informar sobre eventos e explicações para quem quer investir nela. Só não informa a cotação, que pode despencar nos próximos dias, ameaçando o patrimônio de milhares de usuários.
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