Primeiro, o quadro Ecce Homo da cidade de Borja, na Espanha, aquele mesmo que era para ser Jesus Cristo e ficou algo mais próximo do dadaísmo ou do cubismo, estilos artísticos bem mais atuais do que a (ex?) obra do século XVIII, graças a uma singela senhora assumidamente pouco versada na arte da restauração.
A primeira grande restauração espanhola, em 2012 (Reprodução) |
Depois, o São Jorge da igreja de San Miguel de Estella, também na Espanha, feito no século XVI e restaurado neste ano. O guerreiro ficou parecendo uma bonequinha.
A "restauração" foi feita no início deste ano (Reprodução) |
Alguns meses depois, mais um grande trabalho de restauração: as imagens da Virgem Maria, Santa Ana e o Menino Jesus, datadas do século XV, e expostas em Rañadorio, também na... Espanha. Transformaram as esculturas medievais em algo parecido com um produto de alguma linha de montagem de brinquedos de R$ 1,99.
Alguém teve a "brilhante" ideia de recolorir as figuras do século XV (Reprodução) |
Será coincidência? Todas as restaurações foram de peças de arte da Espanha. As três são representações religiosas. Alguma conspiração de iconoclastas anticristãos naquele país? Falta de critérios para a escolha de um restaurador? Ou um exemplo da falta de senso estético do nosso tempo? E quem garante que algum "gênio" não queira fazer algo semelhante em uma outra obra de arte, mesmo sendo ela "não sacra" (como as figuras representando personagens da mitologia grega) e em outros lugares do mundo?
E qual obra será a próxima vítima dos restauradores supostamente "pós-modernos"?
Melhor pensar nisso do que, por exemplo, naqueles amistosos caça-níqueis da Seleção da CBF...
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