segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Orgulho e vergonha de agosto

A impressão que o autor deste blog tem é de não haver limites para a capacidade do Brasil de tentar se autodestruir por culpa da beotice, obtusidade, sandice, boçalidade e torpeza de alguns capadócios, filisteus, entrevados mentais e depravados morais que, ao longo dos séculos, impedem a nação de encontrar o seu verdadeiro caminho. 

Tragédia para o mundo, num país onde a independência será comemorada nesta semana. E tem gente que não valoriza esse status e quer ver o Brasil como colônia da China ou dos Estados Unidos...

Mas agora não adianta "elogiar" os responsáveis pela deterioração e posterior incêndio do Museu Nacional, o mais importante e antigo do país, no Rio de Janeiro. Agora o momento é de cuidar do pouco que sobrou e recolher os destroços para avaliação, enquanto se faz a apuração das causas e estuda como reformar o prédio. Fósseis, obras de arte, artefatos, documentos, tudo isso perdido para sempre. Pedir cadeia ou algo mais severo (leia AQUI) para os culpados e explorar a tragédia em época eleitoral, como fazem os políticos e as redes sociais para não variar, não irá recuperar nem a mais humilde das 20 milhões de peças perdidas.

Enquanto isso, o blog vai expor quem é o "orgulho nacional", responsável por trazer alegrias ou alento a uma nação entregue aos merecedores de outro selo, o da "vergonha", e de quem tem tanta capacidade de causar estragos que é considerado um hors concours, como são os ex-presidentes da República.

Primeiro, o orgulho nacional, na ordem estabelecida desde fevereiro. 

Foi feita uma análise de candidatos, e um deles, citado em uma postagem, se destacou: Isaquias Queiroz, medalha de ouro no Mundial de canoagem (disputado em Portugal) na categoria C1 500 m e também na medalha C2 500 m (este último prêmio conquistado juntamente com Erlon de Souza; por isso, ele ganha o selo. 

Isaquias Queiroz é um dos favoritos ao ouro nas Olimpíadas de Tóquio. Em 2016, ele foi um dos destaques no Rio

Por outro lado, os merecedores do outro selo, o da "Vergonha", não podem ser os presidenciáveis, porque eles são, desde já, não passíveis dessa "punição", para não prejudicá-los em suas campanhas, assim como não podem receber o selo de "Orgulho", para não haver favorecimento. Assim, verificando outros "seláveis", temos: 

- Luiz Felipe Manvailer, assassino da própria mulher, a advogada Tatiane Spitzner, em Curitiba;
- Paulo Maluf, cujo mandato de deputado foi cassado recentemente;
- grupos de brasileiros xenófobos que agrediram venezuelanos em Roraima; 
- ladrões que furtaram a medalha Fields do iraniano de origem curda Caucher Birkar.

Não tenho aqui imagens dos criminosos que furtaram a medalha Fields e nem os arruaceiros de Roraima, e por isso não posso selá-los, ainda mais porque seus nomes não foram divulgados. Maluf foi punido com a cassação pela Mesa da Câmara por determinação do STF e, como cumpre pena (prisão domiciliar) por lavagem de dinheiro, não se enquadra nos critérios do selo. Logo, o selo vai para um assassino. Todo e qualquer homicida sem sentença definida está sujeito a isso. Caso tiver uma sentença, não pode ser selado aqui: a Justiça já se encarregou da punição.

Feminicídio, uxoricídio, não importa o termo: é assassinato, e isso não se pode tolerar
E, devido ao incêndio no Museu Nacional, caso se comprovar negligência ou crime, os responsáveis serão fortes candidatos ao selo da "Vergonha".


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