terça-feira, 4 de setembro de 2018

Personalidades dos presidenciáveis segundo Jung

Ano passado, este blog tentou fazer uma correlação entre os tipos de personalidade de acordo com as teoria de Carl Gustav Jung, desenvolvidas por David Keirsey com o intuito de desenvolver habilidades, e por Myers e Briggs para encontrar os empregos mais adequados. 

Por fim, foi feita uma análise de algumas personalidades brasileiras segundo o método MBTI, baseado em Myers e Briggs; este tipo de análise só é conhecido para personalidades internacionais, geralmente feito por sites norte-americanos. 

Segundo Jung, a personalidade pode ser: 

"E" (extrovertida) ou "I" (introvertida); 
"S" (sensorial ou voltada para o cotidiano concreto) ou "N" (intuitiva ou voltada para o abstrato); 
"T" (racional, adepto da lógica impessoal) ou "F" (sensível, adepto da abordagem pessoal); 
"J" (julgador ou de vida regrada) ou "P" (perceptivo ou adepto de um estilo de vida mais flexível).

Cada personalidade se encaixaria em quatro grupos: racionalistas (NT), idealistas (NF), artesãos (SP) e guardiães (SJ), em ordem crescente de pessoas no mundo.

Como estamos em campanha eleitoral, seria interessante abordar os presidenciáveis neste contexto.

- Geraldo Alckmin (ISTJ): sério, metódico, regrado, pouco espontâneo e bem mais racional do que emocional, daí ser chamado de "picolé de chuchu"; não é do tipo que se entrega a devaneios, tendo os pés bem presos ao chão; procura mostrar bom senso e justificar suas ações e as de seus aliados, mesmo quando eles estão envolvidos em escândalos; muitas vezes recorre ao seu passado; 

- Jair Bolsonaro (ESTJ): expansivo e contundente, apesar de guiado pelas normas vigentes, tal como Alckmin, mas é mais extrovertido que este; defende tratamento duro contra pessoas que supostamente não "andam na linha"; não é muito dado a ideias abstratas, e se guia por ídolos do passado, como o doutor Enéas e o coronel Ustra, ambos adeptos de ações assertivas e duras (embora Enéas seja muito voltado a conceitos e ideias sofisticadas como os ENTJ e INTJ); 

- Marina Silva (INFP): este blog apontou Marina como INFJ, mas pessoas com personalidade semelhante a Gandhi (ou a Hitler, segundo alguns) tendem a ter opiniões firmes e não deixar muitas opções em aberto como a presidenciável, e geralmente não têm muito receio de exprimirem seus sentimentos (Marina é algo contida); é ponto pacífico que ela é introvertida, fortemente idealista, emotiva e com valores éticos sólidos, como os NF em geral; 

- Ciro Gomes (ENTP): o ex-governador do Ceará é combativo, mais racional que emocional, e parece ter muitos planos, nem todos eles viáveis, em mente, como os ENTP em geral; não foge dos debates e diatribes, e se expressa de maneira irônica com os adversários; extrovertido, embora não muito, e considerado irritadiço, como são os ExTx em geral (ENTP, ESTP, ESTJ e ENTJ); 

- Fernando Haddad (ENFP): virtual candidato do PT, como substituto ainda não oficial do ex-presidente Lula (este considerado um ENFJ, caracterizado pela espontaneidade, carisma e senso de liderança, embora pouco apreciador da lógica), o ex-prefeito de São Paulo tem muitas ideias em mente e gosta de expô-las como fazem os ENFP e ENTP, mas é mais teórico do que prático; embora com sólida carreira acadêmica, não adota a objetividade fria; 

- Álvaro Dias (ENTP): outro candidato que, embora sociável e amigável, é mais adepto da objetividade e não tem medo de expor o que pensa; gosta de valorizar a perspicácia, e quer os eleitores "abrindo o olho" contra a corrupção; no entanto, procura esconder sutilmente os seus apoios; 

- João Amoedo (possivelmente ISTJ): aparece muito pouco, característica de gente introvertida; defende ideias liberais já consagradas e se posiciona a favor da ética e da moralidade, como muitas pessoas de temperamento guardião; 

- Henrique Meirelles (INTJ): economista, gosta de se portar como uma pessoa inteligente, preparada e solucionadora de problemas, mas não se preocupa muito com a postura pessoal, pois não é político e sim um técnico, mais acostumado em atuar discretamente; parece ter uma visão ampla diante dos problemas, mas não transmite muita empatia; 

- Guilherme Boulos (ENFP): o candidato do PSOL é expansivo, embora com uma visão muito pautada pela ideologia; inflamado e não guiado pela frieza impessoal, bate duro no governo Temer e é categórico seguidor de teorias e ideias, mesmo que estas se choquem com os fatos; 

- Cabo Daciolo (ENFJ): expansivo e pouco afeito à lógica impessoal, seu hábito de falar sobre religião como um devoto evangélico o apontaria como um ESFJ, se ele não se apegasse ferrenhamente a ideias abstratas (como boa parte dos "N", ditos "intuitivos") como a tal "URSAL", a "União das Repúblicas Socialistas da América Latina"; 

- João Goulart Filho (????): por enquanto só é possível saber, para a maioria da população, que ele é, obviamente, filho de João Goulart, que era, talvez, um ISFP segundo Jung, por ser algo contido, não muito ideologicamente sólido e com pobre análise objetiva dos fatos; mas como estamos a falar do filho dele, não é possível escrever muito aqui.


Eles são possíveis sucessores de Michel Temer; este blog havia identificado o atual presidente como ISTJ, mas enganou-se: sua habilidade fria, sofisticação intelectual e analítica e alguma demora em tomar decisões imediatas o fazem ser mais um INTP. 

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