O general Mourão, vice-presidente da chapa de Jair Bolsonaro, mostra que não terá a postura discreta de outros vices, a exemplo de Michel Temer, Itamar Franco e outros que permaneceram em segundo plano enquanto os titulares governavam.
Na sexta-feira, ele disse, ressaltando ser sua opinião particular, que deveriam fazer uma nova Constituição por um conselho de notáveis nomeado pelo presidente, e não pelo Congresso, como nos países comuns. Sua proposta foi comparada a de outros países, como a Venezuela, e a leis de outras épocas, como as Cartas de D. Pedro I (1824), de Getúlio Vargas (1937) e do regime militar (1967), este último período motivo de admiração não só por Mourão mas também por Bolsonaro. Países avançados têm Leis Magnas que não mudam de acordo com o gosto do governante.
Agora, ele disse, em discurso no Secovi, em São Paulo, que casas com "mães e avós" geram desajustados "mão de obra para o narcotráfico". É do tipo de opinião que a imprensa, sempre enviesada quando o assunto é a chapa chefiada pelo PSL, gostou de divulgar. Marina Silva, também apreciadora de diatribes com os defensores do conservadorismo, do liberalismo e do militarismo (para Marina e outros, é a mesma coisa: "direita"), não perdeu a oportunidade de criticar.
Apesar de também defender temas agradáveis ao liberalismo ("Agências reguladoras são boas. Mas a macacada vai lá e faz cabines de emprego") e ao conservadorismo ("Direitos humanos são para os humanos direitos"), a declaração sobre as famílias pobres só com "mães e avós" e a já citada proposta de Constituinte deveriam preocupar até mesmo os liberais e os conservadores.
Bolsonaro, já saído da UTI mas ainda longe de receber alta, já defendeu muitas pautas conservadoras e alimentou muitas polêmicas, mas respaldaria tudo o que Mourão está a dizer?
Além disso, o próprio ex-capitão disse, no leito do hospital, que questionaria a lisura das eleições se perder. E Mourão tentou convencer o pessoal do Secovi a "relevar" a fala.
E eles estão disparados na frente, de acordo com as pesquisas! A última, hoje, do CNT/MDA, mostram-nos com 28% das intenções de voto!
Além disso, o próprio ex-capitão disse, no leito do hospital, que questionaria a lisura das eleições se perder. E Mourão tentou convencer o pessoal do Secovi a "relevar" a fala.
E eles estão disparados na frente, de acordo com as pesquisas! A última, hoje, do CNT/MDA, mostram-nos com 28% das intenções de voto!
Todos esses pontos de vista devem ser amplamente explorados por qualquer candidato, se ele quiser enfraquecer a dupla ainda no primeiro turno.
Assim, eis a resposta da postagem anterior: um ex-capitão e um general que podem até favorecer a economia do país com menos corrupção e roubalheira, mas com alto risco para a nossa democracia tão arduamente conquistada, num país onde o arbítrio, o autoritarismo, o abuso de poder sempre deram as cartas. Mas eles podem adotar uma postura mais moderada na hipótese de serem eleitos.
N. do A.: Uma outra coisa também bastante assustadora para muitos é a disparada de Fernando Haddad. Na pesquisa de hoje, ele aparece com 17%, bem acima do terceiro colado, Ciro Gomes, com 10%, e não disfarça ser representante do ex-presidente Lula. Já existe uma ala do PT que defende um "indulto" ao líder petista para ele sair da prisão e se tornar a "eminência parda" de um possível governo Haddad.
Assim, eis a resposta da postagem anterior: um ex-capitão e um general que podem até favorecer a economia do país com menos corrupção e roubalheira, mas com alto risco para a nossa democracia tão arduamente conquistada, num país onde o arbítrio, o autoritarismo, o abuso de poder sempre deram as cartas. Mas eles podem adotar uma postura mais moderada na hipótese de serem eleitos.
N. do A.: Uma outra coisa também bastante assustadora para muitos é a disparada de Fernando Haddad. Na pesquisa de hoje, ele aparece com 17%, bem acima do terceiro colado, Ciro Gomes, com 10%, e não disfarça ser representante do ex-presidente Lula. Já existe uma ala do PT que defende um "indulto" ao líder petista para ele sair da prisão e se tornar a "eminência parda" de um possível governo Haddad.
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