quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Como vocês ousam, editores da TIME?

Tradicionalmente, a revista TIME elege a personalidade do ano, isto é, a pessoa (ou mesmo a instituição) de maior destaque. 

Desta vez, a escolhida foi a ativista Greta Thunberg, que usou palavras duras contra a falta de ação das autoridades adultas sobre as mudanças climáticas causadas pela poluição humana. Ficou marcante o uso da pergunta na cúpula da ONU sobre o clima: Como vocês ousam?

Ela acusou os líderes mundiais de roubarem os sonhos e a infância dos jovens e disse que a nova geração não os perdoará por falar em dinheiro enquanto "estamos no início de uma extinção em massa", segundo a adolescente sueca de 16 anos.

Nunca uma personalidade foi tão jovem no momento de se tornar capa de uma das revistas mais importantes do mundo. 

A jovem sofre de Síndrome de Asperger, transtorno típico de pessoas com alto QI mas com limitações na afetividade e na interação com outras pessoas. Talvez isso a tenha ajudado a sacudir a opinião pública mundial, mas ao mesmo tempo pode atrapalhar a compreensão da dinâmica do mundo e de como as pessoas interagem para fazer esse mesmo mundo funcionar. Não se sabe como ela irá trabalhar esse potencial para defender causas tão nobres, mas ao mesmo tempo tão contravertidas, quando se tornar adulta.

É uma aposta ousada da TIME, ao escolher Greta como representante de 2019. 

A revista TIME escolheu pessoas mais questionáveis do que a jovem Greta para estampar a capa de "Personalidade do Ano" Um deles foi Adolf Hitler, em 1938 (Divulgação/Revista TIME)

N. do A.: Dias antes, o presidente do Brasil Jair Bolsonaro chamou Greta de "pirralha" nas redes sociais. Muitos a julgam uma marionete dos movimentos anticapitalistas, do globalismo e da chamada "psicose ambientalista", termo usado por D  Bertrand de Orléans e Bragança, um dos herdeiros do trono brasileiro, com o qual o ministro do Meio Ambiente, Ernesto Araújo, concorda e faz coro. Outros veem um grande futuro de Greta como líder e exemplo para a nova geração, para influenciar positivamente na melhoria dos esforços para consertar os estragos provocados por séculos de descaso contra a natureza e a vida na Terra.

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