Outro setor considerado "indústria de base" é a indústria extrativa, seja vegetal ou mineral, pois extrai os recursos naturais para serem aproveitados por outras indústrias, como a alimentícia e a metalúrgica.
As indústrias extrativas vegetais diferem do simples extrativismo por sua atividade em larga escala. Dentre elas, destaca-se a indústria florestal, com a extração de madeira provinda do corte de árvores. A maior parte das grandes empresas do setor exploram florestas não nativas, geralmente eucaliptos, para a fabricação de papel e celulose, como é o caso da Klabin, da Suzano, da VCP (Votorantim Celulose e Papel) e da Melhoramentos Florestal (pertencente ao grupo Melhoramentos, responsável por várias publicações de livros). Não houve uma desindustrialização dramática neste setor, a não ser as compras da Aracruz pela VCP e a Ripasa pela Suzano. A International Paper tem forte presença no Brasil, mas a concorrência forte com as empresas nacionais limita seu poder.
Por outro lado, existem as madeireiras. No Brasil, as madeireiras nacionais são de pequeno porte e estão proibidas de extrair determinadas madeiras. Muitas delas também se dedicam ao plantio de árvores, para serem derrubadas, certificadas e comercializadas. Existem grandes madeireiras estrangeiras dedicadas a fazer a extração ilegal nas florestas, constituindo um sério problema ambiental, principalmente na Amazônia.
Dentre as indústrias extrativas minerais temos a indústria petrolífera, cuja grande representante é a Petrobras, gigante estatal de economia mista e, por muito tempo, a maior empresa brasileira, até acontecer o famigerado "Petrolão", ou "Quadrilhão", responsável pelo intenso sangramento dos recursos. Voltando a recuperar a pujança de antes, ela se dedica à extração, refino e distribuição de petróleo e seus derivados (gasolina, diesel, querosene, lubrificantes, hidrocarbonetos para a indústria de plásticos) e também gás natural. Uma de suas subsidiárias, a BR Distribuidora, teve a maior parte de suas ações vendidas para milhares de investidores (pessoas físicas), boa parte deles estrangeiros.
Na parte referente à indústria de minérios, temos gigantes como a Vale, tristemente conhecida como responsável pelas tragédias de Mariana (em conluio com a BHP Billiton, anglo-australiana que divide igualmente com a Vale o controle da Samarco) e Brumadinho, mas também pela extração de matéria-prima importante, como minérios ferrosos e minerais como a bauxita (aluminio), cassiterita (estanho), caulim e óxidos de manganês, níquel, titânio e outros metais. Nasceu como estatal em 1942, sob o nome Companhia Vale do Rio Doce, e foi privatizada em 1997. Outras mineradoras brasileiras são principalmente ligadas às indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, previamente abordada neste blog, como é o caso da CSN, Alunorte, Açominas e MMX, esta última do grupo EBX, de Eike Baptista.
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