Voltando às chamadas indústrias de transformação, este blog irá exibir duas postagens ligadas às indústrias ligadas à construção. A primeira tratará de móveis, ferragens e materiais de construção em geral. A segunda, em breve, tratará dos materiais elétricos, os quais, de certa forma, estão ligados à indústria eletrônica, primeiro tópico da série.
O Brasil ainda pode se considerar privilegiado nestes setores, em termos gerais.
Na indústria de mobiliário, ligada de certa forma ao post anterior, que tratava das indústrias extrativas, por utilizar madeira como matéria prima, há ainda uma profusão de pequenas e médias fábricas, as quais fabricam mesas, cadeiras, estantes, armários, guarda-roupas e outros utensílios domésticos. Alguns móveis são feitos com chapas metálicas de alumínio ou aço. Destacam-se a Itatiaia, Kappesberg, Dalla Costa, Mobilarte, Foscarini, entre outras.
Empresas ligadas à construção civil incluem as empreiteiras para fabricar grandes obras (edificações, rodovias, ruas, pontes), como as (infelizmente muito difamadas) Odebrecht, Camargo Correa, OAS e Queiroz Galvão, e as indústrias para acabamento e reforma, como a Duratex, a Votorantim, a Tigre, e outras fabricantes de materiais de construção. São exemplos de grandes empresas ainda muito fortes no cenário brasileiro, mas que já tiveram dias melhores, nos anos JK e no regime militar, quando havia maior crescimento econômico e demanda por infraestrutura. As empreiteiras são, ultimamente, muito vistas como parte ativa na corrupção, por suas ligações com a classe política.
Ainda existe o setor de ferragens, como fechaduras, dobradiças, cadeados e outros. Este setor passa por uma desnacionalização e atualmente está dominado por multinacionais, embora existam pequenas fábricas nacionais. A Assa Abloy, gigante sueca, apoderou-se nos últimos anos das maiores empresas brasileiras, como a Papaiz, a Arouca e a Silvana, todas de muita tradição no país. A única grande ainda em mãos "tupiniquins" é a Pado, empresa com mais de 80 anos de história.
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