Embora seja marcado principalmente pelas pautas econômicas, o Fórum Econômico Global em Davos, ainda em curso (termina amanhã), ficou marcado por discursos sobre questões ambientais e sociais, pelo menos de acordo com o conteúdo das falas de quatro atores importantes do evento: Donald Trump, Angela Markel, a jovem Greta Thurberg e o ministro da Economia Paulo Guedes.
Destaque do primeiro dia, o presidente americano voltou a criticar os ambientalistas, comparando-os aos adivinhos da antiguidade, e voltou a dizer que os Estados Unidos não precisam mais depender do petróleo do Oriente Médio.
Pouco antes, uma das primeiras personalidades a falar, a adolescente sueca mais comentada do mundo voltou a cobrar atitudes concretas das autoridades para o que ela classificou de catástrofe climática, e pediu para elas ouvirem as opiniões dos jovens.
Hoje, a chanceler alemã falou sobre a crise dos refugiados que preocupa a Europa e mais uma vez falou sobre a necessidade de combater as mudanças climáticas.
Paulo Guedes representou o Brasil em Davos. Ao contrário dos outros vídeos, retirados do canal do World Economic Forum, a fala do ministro foi retirada do canal de Fábio Lima. Guedes procurou dissipar a desconfiança dos estrangeiros em relação ao Brasil, principalmente na política ambiental, e culpou a pobreza pelos desmatamentos.
N. do A.: De fato, a degradação ambiental é consequência da pobreza e não a causa dela, mas o ministro omitiu o papel do crime organizado e dos grileiros na devastação. Além disso, não só ele, mas todos os participantes, estavam conscientes do papel de propagandistas de suas ideias, procurando usar o poder das palavras, mesmo que, na prática, elas não correspondam às suas ações práticas.
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