Há tempos que se fala no "imposto do pecado", uma taxação extra para produtos à base de álcool, açúcar e fumo, defendida pela equipe econômica e pelos evangélicos.
Os motivos são bem menos educacionais e "religiosos": como sempre, visam aumentar o caixa do governo. É a saída mais fácil, enquanto não há um jeito para diminuir o inchaço estatal sem contrariar ainda mais interesses políticos.
Não há um valor definido para a sobretaxa. Para o caso específico do açúcar, ainda estão estudando o limite, abaixo do qual o produto não será onerado. No Reino Unido, onde há o "sugar tax", as bebidas adoçadas precisam ter menos de 5 g por litro.
Também é preciso cuidar dos efeitos colaterais da medida, como o aumento do consumo de produtos contrabandeados, para driblar a tunga. Para isso, é preciso apertar a fiscalização nas fronteiras.
O presidente Jair Bolsonaro disse não ser muito favorável e desautorizou o ministro da Economia Paulo Guedes quando esteve na Índia, enquanto cresciam os debates a respeito no governo e no Legislativo, onde tramita o projeto, mas o fator arrecadação pesa, e o tal imposto não é tão impopular quanto uma possível recriação da CPMF.
N. do A.: Enquanto isso, o dólar vai a R$ 4,28, não por causa de mais essa sanha da equipe econômica em ganhar dinheiro à custa do consumo do povo, mas pelo pânico gerado pelo coronavírus, considerado um perigo global pela OMS. Até agora, são 24 países com casos confirmados. O Brasil não está entre eles.
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