quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Estudo em conjunto entre USP e Unesp dá esperança a quem sofre de osteopenia

À medida que a população envelhece, o risco de haver perda óssea aumenta. Principalmente em mulheres após a menopausa, essa perda leva a um quadro de osteopenia, o primeiro estágio da osteoporose, mal responsável pela piora na qualidade de vida dos idosos, expondo-os a fraturas após quedas, levando a outras complicações sérias de saúde. 

Fases da osteoporose; a doxiciclina atua na fase inicial, a osteopenia; na osteoporose severa, o osso adquire aspecto alveolar, semelhante a uma esponja (Alexey Kazakov/Dreamstime.com)

Estudos feitos pela equipe do professor Felipe Augusto Tocchini de Figueiredo, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (USP), estudaram os efeitos do antibiótico cloridrato de doxiciclina. Em doses abaixo das utilizadas para infecções (20 mg/dia, contra 100 mg/dia), a droga reverteu os efeitos da osteopenia em ratos, após tratamento de 60 dias. A equipe é formada por profissionais da USP e da Unesp. 

Normalmente os efeitos da osteopenia são apenas minimizados pelos tratamentos convencionais, que incluem vitamina D e compostos de cálcio. 

Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, do grupo Nature. 

Segundo os próprios pesquisadores, há necessidade de mais estudos para avaliar a viabilidade da doxiciclina em humanos. Um complicador da substância é ela ser um antibiótico, necessitando analisar efeitos colaterais em potencial, como um hipotético aumento na resistência bacteriana. Caso os benefícios compensarem os riscos, pode-se cogitar o emprego deste fármaco para a prevenção da osteoporose. 

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