Este é um projeto estranho (e interessante) vindo da Suécia.
Emma Zhang e Luping Tang, pesquisadores da Universidade Chalmers de Tecnologia, em Gotemburgo, criaram um tipo de concreto capaz de armazenar energia fotovoltaica. Ele é formado por um anodo de concreto com maior condutividade elétrica graças às fibras de carbono revestidas de ferro e um catodo semelhante, mas com fibras revestidas de níquel.
A inovação promete ser uma alternativa para aproveitar a energia vinda dos raios solares (Ian Strandqvist/Universidade Chalmers) |
Este material foi testado, resultando numa capacidade de armazenamento de 7 W por metro quadrado. Os números não são impressionantes, mas se um edifício ou um viaduto forem construídos com este tipo de concreto poderiam tornar-se verdadeiras "baterias gigantes", capazes de alimentar, ao menos, seus próprios sistemas de iluminação.
Porém, a pesquisa ainda está em fase inicial e ainda muitas questões precisarão ser respondidas, até se pensar em construir prédios-baterias. Uma dessas questões é a vida útil, pois qualquer bateria possui um determinado número de ciclos de carga. Baterias de lítio suportam de 300 a 500 ciclos, dependendo da temperatura de operação, até sua capacidade de carga ficar reduzida à metade. A outra é a resistência mecânica, que se esvai com o tempo, devido ao "envelhecimento" do concreto, e ela pode acelerar-se com a influência da corrente elétrica e o calor gerado na estrutura interna.
Novos testes poderão encorajar a produção deste e de outros materiais destinados a aproveitar a energia emitida pelo Sol.
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