Petrópolis, na região serrana do Rio, já foi considerada a cidade imperial no tempo de D. Pedro II, mas está em ruínas graças à negligência crônica das autoridades locais, à ocupação desordenada dos terrenos e também aos fenômenos climáticos mais violentos e irregulares ocorridos em todo o mundo e não só por aqui.
As tempestades de ontem destruíram parte da cidade, inclusive a antiga residência de verão do imperador, mas principalmente o bairro Alto da Serra. Famílias perderam suas casas, e infelizmente 94 morreram. Ainda há soterrados após as enchentes e os desmoronamentos das encostas.
Cidadãos de todo o Brasil estão fazendo doações para minorar o sofrimento das famílias. Eles sabem que não podem depender das autoridades e nem confiar nelas. De qualquer forma, a prefeitura da cidade decretou luto oficial de três dias, o governo carioca prometeu fazer um plano para retirar as famílias das encostas e o presidente Jair Bolsonaro, que está na Rússia cumprindo agenda definida vários dias antes, disse que vai liberar o FGTS para as famílias atingidas.
A destruição no bairro Alto da Serra, em Petrópolis, com as chuvas de ontem (Bruno Kaiuca/Zimel Press) |
Há onze anos atrás, Teresópolis também foi assolada pelas enchentes, mas nada foi aprendido desde então, e o custo desse comportamento relapso pode aumentar mais, com futuras tragédias.
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