sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Da série "Qual é a dos super-heróis", parte 1

As impagáveis onomatopeias presentes nos quadrinhos (Shutterstock)

Para quem está querendo fugir das notícias sobre a invasão da Ucrânia, a preocupação com a economia e com a criminalidade, ou o esvaziamento do Carnaval em tempos de pandemia infindável, ler "gibis", ou histórias em quadrinhos, não parece ser algo muito mais salutar para o cérebro. Atualmente, ninguém sonha em querer chamar algum super-herói para enfrentar Vladimir Putin, e nem na ficção eles se ocupam disso, apesar de seus poderes inacreditáveis.

Os quadrinhos já foram acusados de causar preguiça mental e até de desvirtuar os costumes, como tentou provar um livro chamado "A Sedução do Inocente", de 1954, escrito por Fredric Wertham. Vou tratar melhor disso em breve. Isso quando tinham ainda conteúdo considerado infantil e inocente, salvo as histórias de terror em voga na década de 1950. Mas este blog vai se concentrar nos heróis, considerados o carro-chefe dos quadrinhos norte-americanos.

Estudiosos da chamada "nona arte" dividem a história dos quadrinhos americanos (não os europeus ou os brasileiros, e muito menos os mangás japoneses) em cinco: 

- a Era de Platina, anterior ao lançamento da revista do Superman, pela National Comics (atual DC Comics), em 1938; 

- a Era de Ouro, entre 1938 e 1956, quando publicaram a primeira história de Barry Allen, o Flash, pela DC, logo após a repercussão do livro "A Sedução do Inocente"; 

- a Era de Prata, entre 1956 e 1973, antes da Marvel Comics publicar a morte de Gwen Stacy, a namorada do Homem-Aranha; a moderna Marvel, aliás, surgiu neste período e logo tomou a liderança no setor; 

- a Era de Bronze, entre 1973 e 1985, quando os quadrinhos começaram a perder rapidamente a inocência das épocas anteriores; terminou com a chamada "Crise das Infinitas Terras", da DC; 

- a Era Moderna, ou Era Sombria, a partir de 1985; posteriormente, este blog vai tentar justificar este apelido. 

Assim, o blog vai tentar destrinchar este assunto, sem tentar se meter a especialista. Assim, podemos entender como esta arte enveredou por caminhos tão lamentados pelos saudosistas. 

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