Apesar das negativas por parte de Moscou, os exercícios militares na Belarus, aliada do dirigente Vladimir Putin, indicam uma pressão militar bastante forte sobre a Ucrânia, para dissuadi-la da ideia de ingressar na OTAN.
Para o Kremlin, a medida seria uma afronta insana por parte da antiga república soviética no Leste Europeu. E, como ocorria na antiga União Soviética, a resposta a isso é por meio das armas.
A Europa Ocidental e os Estados Unidos desejavam mais membros na OTAN, criada para fazer uma contrapartida ao antigo Pacto de Varsóvia, e isso está colocando em risco a soberania ucraniana e o fornecimento de gás para países fortemente dependentes desse combustível, como a Alemanha e a Polônia.
Diante desse cenário, o governo brasileiro ainda não desistiu de querer visitar a Rússia, apesar de políticos e estudiosos da diplomacia internacional tentarem convencer o presidente Jair Bolsonaro a suspender a viagem, pois isso poderia significar um respaldo para atos de violação de soberania de outros países e apoio a regimes autoritários como o da Rússia, apesar das diferenças ideológicas com Putin, um ex-oficial da KGB, a temida polícia política do antigo regime comunista, mas agora um governante pragmático e não apegado a dogmas, pois não precisa deles para manter-se no poder.
Enquanto isso, o povo ucraniano está apreensivo, vítima da agressão psicológica do gigantesco vizinho, de acordo com as palavras do presidente Volodymyr Zelensky, que não consegue lidar com os problemas causados pela guerra separatista nas províncias ocupadas no leste do país - Donetsk e Luhansk. Estender o conflito para o restante do país seria um teste pesado, talvez demais, para a capacidade de sobrevivência do país.
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