A situação interna da própria Rússia pode ficar instável com o ganho de poder do grupo Wagner, formado por mercenários extremistas e inicialmente apoiado por Vladimir Putin em sua luta para assegurar as conquistas na Ucrânia. Yevgeny Prigozhin, líder do grupo, está fazendo críticas duras aos generais russos, algo normalmente só feito pelo próprio dirigente russo. Há rumores sobre o estado de saúde de Putin, e se ela piorar, o vácuo de poder pode beneficiar o grupo e tornar a Rússia uma ameaça ainda maior para a estabilidade no mundo.
Em Brasília, senadores e deputados de oposição pressionam por uma CPI no Senado para investigar a invasão dos prédios dos Três Poderes e todos os atos inaceitáveis cometidos no 8/1 e depois dele, isto é, a detenção irregular de manifestantes pacíficos, por causa de uma minoria de arruaceiros. Pressionam por um julgamento individualizado dos acusados, enquanto Gilmar Mendes, do STF, quer explicações do presidente do Senado Rodrigo Pacheco a respeito da não instalação da CPI.
No Rio de Janeiro, o último representante da Lava Jato, o juíz Marcelo Bretas, é afastado da 7ª Vara Criminal do Estado por atividades irregulares supostamente cometidas por ele. Ele foi acusado de combinar estratégias com o Ministério Público e cooptar advogados para beneficiar Fernando Cavendish, empresário e um dos delatores da força tarefa responsável por revelar o maior esquema de corrupção no Brasil. Ele também foi acusado de favorecer politicamente Eduardo Paes e Wilson Witzel em 2018, eleitos prefeito e governador, respectivamente. Foi feita uma votação no CNJ, com resultado de 12 a 3.
Marcelo Bretas era temido por advogados e políticos (Fernando Frazão/Ag. Brasil) |
Por falar em investigações, o presidente do PSG, emir do Catar Nassar al-Khelaifi, é alvo de um processo por sequestro e tortura do lobista argelino Tayeb Benadberrahmane em 2020, como retaliação por revelar informações sigilosas envolvendo o dirigente catari, que nega as acusações e as desqualifica, como feitas por um "criminoso profissional". Isso possivelmente resultará em nada, em termos pessoais, mas prejudica a imagem do clube parisiense, cujos resultados não convencem, principalmente o desempenho na UEFA Champions League.
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