Apesar dos anseios de quem quer fazer oposição ao atual governo, como os liberais, conservadores e apoiadores do governo anterior, os candidatos à Presidência do Senado e da Câmara apoiados por eles ficaram longe da vitória.
Sem fraude nas urnas: os votos são abertos, para os eleitores saberem.
Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, estava cotado para derrotar Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas ganhou 32 votos, insuficientes para levá-lo a um segundo turno, pois o atual presidente do lado côncavo levou 49. Deve dificultar as tentativas de instalação de processos de impeachment de ministros do STF e do TSE, como querem os colegas da oposição, mas não deve dizer amém a todas as pautas defendidas pelo governo. Marinho teve o apoio de outro concorrente, Eduardo Girão (Podemos-CE), que desistiu da corrida pela chefia do Senado.
Rogério Marinho (dir.) tinha o apoio dos bolsonaristas, conservadores e liberais, mas a situação e o Centrão garantiu a reeleição de Rodrigo Pacheco (Waldemir Barreto/Agência Senado) |
O caso de Arthur Lira (PP-AL) foi mais complicado para quem concorreu contra ele. Atual presidente da Câmara, vai continuar liderando o lado convexo, graças aos acachapantes 464 votos, com apoio do governo, do Centrão e até de correligionários do governo anterior. É a maior votação da História, para consolidar a fama de "primeiro-ministro" informal de um país onde o governo precisa fazer conchavos para poder aprovar algo no Legislativo. O representante da oposição foi Marcel van Hattem (Novo-RS), cuja dedicação não pode ser negada no seu papel de denunciar os desmandos do atual governo, mas ele só levou 19 votos.
Com essas derrotas, o papel dos oposicionistas continuará a ser árduo, para garantir o equilíbrio de forças com o governo e aprovar os melhores projetos para o Brasil. Pelo menos em tese, pois historicamente a política brasileira nunca funcionou dessa forma tão bonita e pura...
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