sexta-feira, 14 de julho de 2023

Houve uma guilhotina antes da Revolução?

Como hoje é o aniversário da Revolução Francesa, um dos eventos mais dramáticos e impactantes dos últimos séculos, este blog vai falar sobre um invento criado pelos revolucionários para, segundo eles, executarem os condenados sem dor, embora isso ainda seja motivo de contravérsia: a guilhotina. 

É conhecida a história do Doutor Guillotin, o criador desse instrumento macabro, e também é falso dizer que ele morreu por causa de sua criação, ou seja, decapitado nela (ele morreu em 1814, idoso e esquecido, por causas naturais). Porém, ele não teria sido o verdadeiro inventor. 

Reconstituição da morte do rei Luís XVI, uma das mais célebres vítimas da guilhotina (Youtube/Canal do Prof. Douglas Barraqui)


Fala-se em um instrumento semelhante usado em Roma, a mando de Titus Manlius, ditador romano do século IV a.C. A história pode ser fruto da imaginação do pintor Albrecht Dürer, que retratou o déspota cortando a cabeça do próprio filho (que pai amável...) com uma máquina de decapitar. 

Gravura de Albrecht Dürer, pintor alemão, retratando um político romano como se ele vivesse no século XVI, como era hábito da época

Existem relatos de execuções com geringonças parecidas com a guilhotina, e talvez o próprio Dürer tivesse se inspirado nelas para compor a sua gravura. Possivelmente, na Alemanha, cortavam as cabeças assim desde a Idade Média. Para mais detalhes, leia AQUI


N. do A.: A infeliz declaração do ministro Luís Roberto Barroso, como se ele fosse um político e não um membro do STF, gerou críticas ferozes dos seguidores do antigo governo. Estava bem claro que o ministro se referia aos radicais, mas a forma com a qual ele fez isso parecia de alguém filiado a um partido político aliado do presidente Lula. Barroso é um dos alvos dos bolsonaristas, assim como quase todos os juízes do Supremo, para alguns dignos de enfrentarem uma guilhotina, ou algo menos vinculado aos "esquerdistas", por ser a Revolução Francesa muito exaltada por eles. Talvez uma "morte natural para sempre" como nas sentenças do Brasil Colônia... 

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