sexta-feira, 21 de julho de 2023

Da série "Copa Feminina 2023", parte 2

Como curiosidade, vamos a uma breve história da participação da Seleção Feminina na Copa do Mundo. 

1991 (China): A Seleção Brasileira ainda engatinhava na modalidade feminina e teve uma participação fraca, como era esperado, na primeira edição  da Copa. Caiu num grupo difícil, com nada menos que as seleções americana e sueca, mais a japonesa. Ficou em terceiro lugar, ganhando do Japão por 1 a 0, mas levaram uma surra das americanas (5 a 0) e sofreram contra as europeias (2 a 0). As chamadas "meninas" do futebol foram desclassificadas ainda na fase de grupos. Quem venceu o torneio foi a Seleção Americana, ao vencer as norueguesas por 2 a 1. 

1995 (Suécia): Não houve participação. A Noruega foi campeã. 

1999 (Estados Unidos): A equipe brasileira até se deu bem. Foi a primeira na fase de grupos, vencendo as mexicanas pelo famigerado placar de 7 a 1 (!!!), ganharam das italianas por 2 a 0 e empataram com a forte equipe alemã por 3 a 3. Nas quartas-de-final, não tiveram dificuldade contra as nigerianas (4 a 0), mas na semifinal sucumbiram às anfitriãs, favoritas, e perderam por 2 a 0. Na disputa pelo terceiro lugar, tiveram sangue frio para vencer as norueguesas nos pênaltis, após uma partida sem gols. As americanas venceram as chinesas também nos pênaltis, e ficaram com o título. Nota-se uma evolução considerável do futebol feminino na década de 1990. 

2003 (Estados Unidos): Novamente nos EUA, as brasileiras voltaram a estrear bem, batendo na equipe sul-coreana por 3 a 0, goleando a Noruega de forma surpreendente, por 4 a 1, e empatando com a França por 1 a 1. Não conseguiram avançar contra a Suécia, perdendo de 2 a 1. Foi a primeira Copa da "rainha" Marta, que fez três gols, contra a Coréia, a Noruega e a Suécia. A campeã foi a Alemanha, que soube vencer a forte equipe das "carrascas do Brasil", vencendo por 2 a 1. Nota-se que as americanas também viram o sonho do título naufragar, pois foram vítimas das alemãs. 

2007 (China): As brasileiras caíram no grupo das anfitriãs, e não tomaram conhecimento das adversárias na primeira fase. Trucidaram a equipe neozelandesa (5 a 0), não tiveram dó das chinesas (4 a 0) e venceram as dinamarquesas (1 a 0). Tiveram mais dificuldades nas quartas-de-final, ganhando das australianas por 3 a 2, e, surpreendentemente, golearam as americanas por 4 a 0. Parecia a realização do sonho do título. Mas veio a Alemanha, e com dois gols, amargaram o vice. Era um time de respeito, formado por Marta, Cristiane, Formiga, e mais Pretinha, Renata Costa, Daniela e a goleira Andreia, entre outras. 

2011 (Alemanha): Novamente, Marta & Cia. tiveram a chance, e depois de uma fase inicial tranquila, enfrentando australianas (1 a 0), norueguesas (3 a 0) e representantes da Guiné Equatorial (5 a 0), as brasileiras se emparelharam com as americanas, que voltaram a ser temidas. Perderam nos pênaltis, nas quattas-de-final, após empate de 2 a 2 com Marta inspirada. As americanas amargaram a derrota na final, também nos pênaltis, contra as japonesas, numa final que surpreendeu o mundo. Esta Copa foi lembrada aqui no blog

2015 (Canadá): A edição contou com 24 países, obrigando a criar a fase das oitavas de final, na qual a equipe brasileira decepcionou e perdeu para as australianas por 1 a 0. Parecia tudo muito fácil, pois a seleção canarinho passou facilmente por Coréia do Sul (2 a 0), Espanha (1 a 0) e Costa Rica (1 a 0), num grupo pouco exigente, mas capaz de mostrar as limitações de um time à procura do título. A final repetiu a de 2011, mas com resultado bem diferente: 5 a 2 para as americanas. 

2019 (França): Sentindo a cobrança por títulos, a equipe brasileira novamente passa na fase de grupos, mas com uma campanha pouco convincente e sendo a melhor terceira colocada, vencendo as jamaicanas por 3 a 0, perdendo das australianas por 3 a 2 e novamente ganhando das italianas por 1 a 0. Um time cansado, com muitas veteranas e desacreditado, que não conseguiu passar pelas francesas, perdendo por 2 a 1 nas oitavas de final. As americanas venceram de novo, à custa das holandesas: 3 a 0. 

2023 (Austrália e Nova Zelândia): As jogadoras representantes da CBF têm a missão de serem campeãs e deixarem de ser conhecidas como "as meninas do futebol" e "\as amarelonas". Na próxima segunda feira, vão jogar contra a equipe panamenha. Depois, no dia 29, um teste verdadeiro, contra as francesas. As jamaicanas serão as seguintes para enfrentar, no dia 2 de agosto. Os jogos serão na Austrália. Se Marta (que ainda está jogando) e as demais (Debinha, Andressa, Adriana, Kathellen, Bárbara, entre outras) passarem de fase, continuarão na terra nos cangurus, e só irá jogar na terra dos kiwis na semifinal. A final será de volta à Austrália, em Sydney. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário