segunda-feira, 10 de julho de 2023

Deepfakes para ressuscitar artistas

Neste mês, dois deepfakes foram muito destacados na mídia. Primeiro, Elis. Agora, Luis Gonzaga.

Causou espanto, para alguns, ver Elis Regina cantando com a Maria Rita, sua filha, no comercial da Wolkswagen. Mas isso já se faz há muito tempo, para fazer conteúdo fake. No caso da montadora, não há dolo, a princípio. Ela queria fazer uma auto-homenagem, pelos 70 anos da Kombi. A "Pimentinha", morta em 1982, pilotando um modelo antigo, e a filha, num modelo novo, oficialmente chamado Id Buzz, mas por aqui chamado desde já de "Nova Kombi", com motor elétrico e mais cara que um Passat (o preço é de fazer a Elis se revirar no túmulo). E as duas cantando a consagrada "Como nossos pais". 

Elis dirigindo Kombi? (Divulgação)

Agora, o Rei do Baião foi recriado com a mesma técnica. No show do cantor de forró João Gomes, ele "apareceu", ontem. E eles foram cantar uma música do próprio João, isto é, houve mais trabalho para fazer o velho músico, morto em 1989, cantar algo que ele nunca cantou em vida. 

João Gomes 'cantou' com o Gonzagão (Divulgação/Instagram)

São casos onde é válido usar os deepfakes, não havendo a intenção de difamar ou espalhar mentiras. Contudo, ainda devemos ficar atentos para o mau uso dessa tecnologia. 


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