Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego, tinha uma motivação para prosseguir com as suas pesquisas: seu próprio filho, Ivan, sofre de autismo severo de grau 3.
Para entender o cérebro dos autistas e minorar seu sofrimento, melhorando a interação com outras pessoas, ele desenvolveu minicérebros a partir de células tronco pluripotentes extraídas de várias fontes, como sangue e polpa dentária, para estudar o desenvolvimento dos neurônios nos estados iniciais da formação cerebral. Ele observou a formação dos minicérebros, cada um do tamanho de grãos de cereais, de diferentes procedências. Aqueles derivados de células tronco extraídas de autistas apresentam neurônios com menor número de conexões entre eles, as sinapses, em relação aos minicérebros de células colhidas de pessoas sem autismo.
Alysson Muotri examina seus minicérebros (Canalautismo.com.br) |
Seus minicérebros foram enviados ao espaço para estudos na Estação Espacial Internacional e ele próprio está se preparando para ir até lá pessoalmente, a convite da NASA em conjunto com a SpaceX, de Elon Musk, para acompanhar suas criações. A viagem está prevista para o ano que vem.
Curiosamente, Muotri nunca recebeu grande atenção da mídia, apesar de seus vários anos de desenvolvimento e divulgação de seus feitos. Este blog só conheceu agora a sua trajetória.
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