Nesta quarta-feira de Cinzas os portais de notícias, majoritariamente anti-Trump, preferiram destacar o título da Beija-Flor de Nilópolis e a aposentadoria do Neguinho, o carismático intérprete que entoou pela última vez o grito de guerra (Olha a Beija-Flor aí, gente!) na Sapucaí. E não podia ter se despedido da melhor forma, pois a escola foi a única a levar os 300 pontos no enredo "Laíla de Todos os Santos", homenagem ao diretor morto em 2021.
Páginas de revistas mais conservadoras como a Oeste ignoraram o Carnaval e se concentraram na análise sobre o discurso da última terça no Capitólio do presidente americano Donald Trump, que voltou a falar em comprar a Groenlândia e retomar o Canal do Panamá, e punir os países que taxam os produtos americanos, como o Brasil e, principalmente, a China, mostrando não temer uma guerra comercial global entre os gigantes econômicos. Ele também voltou a defender a pacifiação, ao seu modo, das duas regiões mais destacadas pela mídia (Ucrânia e Gaza) e citou a carta do presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky em favor de um acordo. Também falou sobre energia, recursos minerais, controle sobre a imigração ilegal e o encerramento oficial da agenda woke que conduziu empresas e instituições a tomarem caminhos estranhos em nome do respeito às comunidades negras, indígenas e LGBTQIA+, e às mulheres.
Para muitos, o Brasil está amadurecendo ao não dar tanto destaque ao Carnaval, mesmo com um assunto que seria destaque em outras épocas como a despedida de um dos maiores carnavalescos do país. Mas quem iria deixar as palavras de Trump no Congresso americano em segundo plano?
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