George Gurdjieff (1872?-1949) foi um místico e estudioso armênio de origem grega, mais conhecido pelo seu método de avaliação de personalidade chamado "eneagrama", o qual foi exposto AQUI. O eneagrama é uma figura em forma de estrela de nove pontas, cada uma representando um tipo de personalidade, inscrita em uma circunferência indicando as ligações entre uma ponta e a vizinha. A figura é dividida em três regiões, onde predominam a emoção (pontas 2, 3 e 4), a mente (5, 6 e 7) e o instinto ou ação motora (8, 9 e 1).
George Gurjieff era conhecido também por "Mestre G" por seus seguidores |
Gurdjieff considera estas três regiões como os "cérebros", interligados entre si, e cujo equilíbrio entre eles é necessário para o desenvolvimento da consciência e o autoconhecimento. Essas ideias foram desenvolvidas a partir de filosofias orientais, que também influenciaram mentes como Schopenhauer (1788-1860), Nietzsche (1844-1900) e Schrödinger (1887-1961).
A finalidade dos ensinamentos de Gurdjieff, transmitidos por Piotr D. Ouspensky (1878-1947) na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, é a libertação do homem e seu despertar, pois a maioria dos seres humanos está adormecida, condicionada a movimentos e ações automatizadas, como se estivessem agindo como máquinas. Isso os torna escravos, sem a necessidade de grilhões, suscetíveis à manipulação e à opressão. Ele viveu numa época onde a humanidade estava abolindo a escravidão (o Brasil foi o último país a fazê-lo) e desenvolvendo sistemas de governo regidas pela economia (capitalismo e comunismo) e pela política (democracia, totalitarismo fascista/nazista/bolchevista). As regras formuladas por esses sistemas tendem a ser mais restritivas, afastando as pessoas delas próprias em nome do coletivo.
Para a libertação e o despertar da consciência, deve-se equilibrar razão, emoção e instinto, e trilhar o chamado "quarto caminho", por onde será possível curar-se de traumas sofridos no passado, melhorar o condicionamento físico, ter mais clareza de raciocínio e conectar-se com o Universo. Este é o título do principal livro de Ouspensky, que chamava seu mestre simplesmente de "G".
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