domingo, 27 de junho de 2010

27/06 - Jogo para entrar na História

Dois jogos envolvendo quatro seleções fortes, três delas campeãs mundiais (sendo duas delas - Alemanha e Argentina - incontestáveis).


Alemanha x Inglaterra

Alemanha e Inglaterra foram inimigos históricos nas guerras, particularmente nos dois conflitos mundiais. Os entreveros no futebol também foram dignos de uma batalha, para Sun Tzu, Napoleão, Clausewitz, analisarem.

Em 1966, o juíz roubou para os ingleses na final da Copa de 1966, quando validou um gol que não entrou e só quicou entre a trave e o gramado. Os alemães nunca se conformariam com tamanho descalabro.

44 anos, a história parecia se repetir. Aos 37 min. do primeiro tempo, os ingleses mais uma vez chutaram para marcar. A diferença, porém, é que a Jabulani ENTROU na área do gol, e o juíz uruguaio Jorge Larrionda NÃO o validou. Essa atitude agride seriamente o futebol e maculará para sempre a carreira de Larrionda, já mal visto por vários times participantes da Taça Libertadores da América. Agora ele é mal visto no planeta inteiro.

Este ato, que parece a "lei do Talião", ou seja, descontar o erro hediondo de 1966 com outro igual, ou pior, em 2010, comprometeu a Inglaterra, que estava reagindo aos gols sofridos (aos 20 min., com Klose, e 32 min., com Podolski, logo os craques alemães com ascendência polonesa). Os ingleses tinham feito aos 36 min., 1 minuto antes da polêmica, após o chute de Upson e o "frango" do goleiro Neuer.

No segundo tempo, os ingleses começaram melhor, furiosos com a arbitragem, mas infelizmente, aos 21 min., os alemães não perdoaram em um contra-ataque fulminante, e Müller ampliou, lance para desesperar o mais fleugmático dos londrinos. Para piorar a situação, aos 24 min., o mesmo Müller, com assistência de Ozil, ampliou ainda mais.

Torcedores famosos como Mick Jagger (que também viu a derrota dos EUA) não acreditavam no que viam. Parece que estavam castigando a final de 1966 com juros de 44 anos. Alguns mais exaltados evocariam Bismarck, ou Hitler, no tempo em que a Alemanha era sinônimo de terror. Mas não é castigo nem a volta dos tempos ferozes de antes. A Alemanha jogou melhor, e mereceu a vitória.


Argentina x México

Após o naufrágio dos súditos de Sua Majestade Britânica, a Argentina foi enfrentar o México ressabiada, mas jactancioso de seu poder. Os mais conhecidos contiguos do Brasil foram superiores aos adversários, numa partida com jeito de Libertadores ou de Copa América.

E o problema é aguentar mais um juíz indigno de apitar uma partida da Copa. O italiano Stefano Airoldi mostrou jogar no mesmo time do sr. Larrionda, do sr. Coulibaly, do sr. Lannoy e outros digníssimos árbritos que muita gente quer jogar aos leões e hienas. Outros achariam que as pobres feras iam ter uma intoxicação com eles.

Ele validou um gol de Tevez aos 25 min., nitidamente impedido. Os mexicanos reclamaram, mas a arbitragem confirmou o gol.

Com isso, os comandados de Maradona aumentaram uma superioridade que já demostraram antes do gol 'legitimado'. Ampliaram o marcador aos 32 min., com Higuaín, e Tevez, no começo do segundo tempo (7 min.) fez o terceiro gol. O ex-corintiano fez o seu show, enquanto Messi ainda não deu o ar de sua graça. Os mexicanos mais uma vez não conseguiram vencer a Argentina mas descontaram, com 26 min., e pressionaram para tentar uma reação. No entanto, ficou nos 3 a 1.

Argentina e Alemanha vão protagonizar a maior batalha das quartas-de-final nesta Copa.

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