quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um slogan bem de acordo com o logotipo

O lema "Juntos num só ritmo", da Copa 2014, casa-se bem com o logotipo. 

Não que isso seja um elogio. Se o evento tiver a ver com esses dois símbolos, já imagino o tamanho da encrenca.

O slogan tem a palavra "ritmo", que lembra o Carnaval e não o futebol. 

Além disso, "juntos não só ritmo" lembra padronização, algo como coisa igual. Logo o Brasil, onde há tanta diversidade, principalmente de paisagens, culturas, opiniões. Além disso, quem quer um só ritmo deve impõ-lo, e se para um pequeno grupo deve-se impor mão firme, mesmo que esse grupo seja menor do que um bloco carnavalesco ou mesmo um time de futebol, imagine em um país inteiro. No caso do Brasil, nem o distinto ser lá de baixo conhecido por muitos nomes seria capaz disso. A combinação com idéias de liberdade e pluralidade casa-se tão bem com o slogan quanto mel com fel. 

Em suma, belo slogan esse! Mas como não sou eu, e sim a agência Aktuell, que bolou a coisa, só resta registrar a minha opinião

Melhor comentar sobre a Seleção Brasileira, que goleou os norte-americanos por 4 a 1 no amistoso oficial feito ontem em Washington, mesmo sem grandes atuações de Neymar e Hulk. Neymar só fez o primeiro gol, depois ficou meio apagado. Tiago Silva, Marcelo e Alexandre Pato fizeram os outros gols. Gomez fez o único gol dos americanos. E eles não jogaram tão feio para apanharem desse jeito.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Selic caiu!

A queda da Selic para 8,5% nesta quarta feira foi uma notícia e tanto para quem precisa fazer empréstimos e está envolvido em dívidas. Pelo menos a médio prazo, como sempre. É a taxa mais baixa da história do Brasil, embora ainda seja bastante alta se comparada a de países desenvolvidos. 

Com este valor, a correção da poupança já fica atrelada à Selic (seu rendimento anual corresponderia a 70% da taxa básica de juros mais a TR), o que parece ser uma má notícia para os pequenos investidores, ainda mais com a inflação ainda elevada e o dólar nas alturas, o que pressiona ainda mais os preços. 

Desse modo, os juros deixam de acompanhar o comportamento tenso de outros índices da nossa economia.


P.S.: Com exceção dos juros, os índices econômicos como inflação, valor do dólar e o número de pontos na Bovespa estão tão preocupantes quanto o nível das acusações entre Gilmar Mendes e Lula. Descambaram agora para o lado pessoal, e partidários de ambos dos lados lembram dos podres de cada um, até mesmo de assuntos que nada tem a ver com o motivo da briga (a pressão sobre o STF por causa do mensalão). Os petistas adoram apontar Mendes como defensor do famigerado banqueiro Daniel Dantas e de outros bilionários, sendo mais conivente com quem tem dinheiro. Isso quando ele não é acusado de ser "tucano", um palavrão entre os partidários da estrela vermelha. Já os adversários de Lula praticamente o consideram um fora-da-lei. Durma-se com um barulho desses.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Os terremotos da semana

Houve três terremotos nesta semana. Dois deles são literais e o terceiro foi um baque econômico, dos grandes.

O primeiro, bem fraco, atingiu Montes Claros, em Minas Gerais. Foi um tremor fraco, de apenas 2,1 graus na escala Richter. Não podia mesmo causar estragos, mas algumas pessoas se assustaram. Há dez dias, houve um tremor mais forte, este sim assustador, na mesma região. 

Coincidentemente, no norte da Itália, onde também houve tremores bem mais fortes no dia 20 último, dois novos abalos aumentaram os estragos e deixaram 16 mortes. O mais forte ficou em 5,8 graus Richter, atingindo a região de Bologna. A região agora virou um caos. Os sismos na Itália antes se concentravam mais ao sul, onde há vulcões ativos como o Vesúvio (região de Nápoles), Etna (Sicília) e Stromboli (na ilha do meso nome ao norte da Sicília). 

O terceiro terremoto afetou o Brasil inteiro. Não houve mortos e nem feridos, mas bilhões de dólares mudaram de mãos, não para reparar a destruição, mas para fazer grandes mudanças que afetarão milhões de pessoas. Não foi um abalo sísmico, e sim econômico. Houve uma profusão de fusões e compras de empresas: 

- a Cosan comprou a maior parte das ações da Comgás; 

- a Bosch está adquirindo a empresa de transformadores de energia solar Heliotek, cujo acionista majoritário até então era o grupo luxemburguês Monier; 

- a tradicional rede de churrascarias Fogo de Chão foi adquirida para o fundo americano Thomas H Lee Partners; 

- as empresas Trip e Azul fundiram-se para formar uma grande corporação para enfrentar a Gol e a Tam no mercado de vôos nacionais; 

- o grupo Zaffari, dono do Shopping Bourbon, adquiriu uma boa parte do Fundo de Investimento Imobiliário Moinhos de Vento; 

- o gigante americano FedEx chegou a um acordo para comprar a empresa pernambucana de transporte de cargas Rapidão Cometa, que existe há 70 anos; 

- a Duratex, dona da Deca e da Hydra, compra a Metalúrgica Ipê Mipel, antes pertencente ao grupo Lupatech; a Mipel fabrica válvulas industriais; 

- o banco BTG, de André Esteves, compra 40% das ações das lojas de departamentos Leader, muito conhecida no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais; 

- a American Chemical, uruguaia, foi adquirida pela Oxiteno, conhecida pela fabricação de gases industriais; 

- a tradicional cachaça Ypioca passa a ser propriedade da Diageo, gigante britânica dona de marcas como o uísque Johnny Walker e a vodka Smirnoff. 

A brasileiríssima Ypioca agora pertence a uma transnacional britânica, dona da Johnny Walker (esq.) e da Smirnoff. As mais tradicionais 51 e Velho Barreiro continuam produzidas por empresas nacionais (foto: divulgação, pelo site Terra)

Estas foram apenas "algumas" das negociações feitas nesta segunda e terça. O Cade anunciou uma nova lei antitruste que torna mais rigorosa a avaliação das fusões e aquisições, submetendo-as a uma análise prévia da agência. Antes, as fusões podiam acontecer antes e só serem comunicadas ao Cade depois.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nunca antes na história deste país...

... alguém que já foi presidente tentou intimidar membros do Supremo Tribunal Federal. Pelo menos não na história recente. Nem José Sarney ou Fernando Collor chegaram a tanto!

A entrevista de Gilmar Mendes à revista "Veja" foi estarrecedora. Ele e alguns de seus colegas do STF, sendo o magistrado, foram coagidos por Lula para não investigaram o mensalão, um dos maiores atos de crime contra o NOSSO DINHEIRO. 

Muitos podem argumentar que a "Veja" faz oposição "sistemática" (sic) ao governo desde 2002, quando Lula foi eleito. Porém, goste-se ou não, um dos papéis da imprensa é divulgar a notícia, mesmo que isso atente contra os interesses do governo, do Congresso, do STF ou de qualquer um. A "Veja" e Gilmar Mendes não seriam tão irresponsáveis de fazer acusações contra Lula só por "vingança" contra ele ou por puro "jogo político", como enxergam alguns radicais petistas. Obviamente, ambos serão interpelados sobre o que publicaram.

Este episódio estarrecedor envolveu também o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, que teria testemunhado a fala de Lula com Gilmar Mendes. Jobim também falou a respeito, dizendo que a conversa não envolvia o mensalão. Carlos Ayres Britto, atual presidente do STF, quer que Lula se manifeste, antes que ele seja obrigado a falar sob forma de um processo judicial. O que Lula foi acusado de ter feito, segundo outro ministro, Celso de Mello, poderia render um processo de impeachment, caso o possível réu estivesse na presidência, ocupada por ele até a virada do ano de 2010-2011. 

Logicamente, tudo tem de ser apurado e Lula é inocente até prova em contrário, mas não pode fugir de uma possível ação na Justiça. Se ele realmente fez isso contra o STF é um ato mais próprio de um tirano ou de um  chefe de quadrilha do que de um estadista. Pode ser, porém, um gasto de energia inútil e contraproducente: outro membro do STF, Marco Aurélio Mello, assegurou que pressão externa alguma, seja de quem for, vai influenciar o Supremo. Marco Aurélio pode ser acusado de tudo, menos de não saber defender os direitos do Judiciário. E o tempo dirá se ele está certo, para o bem da saúde institucional do nosso país, que parecia se recuperar tão bem dos desmandos do regime pós-64, de Sarney e Collor, para novamente ser afetada pelos mensaleiros, sanguessugas, aloprados e outros parasitas da nação.


P.S.: Lula deu sua opinião a respeito da reportagem, manifestando, como é esperado, sua indignação, por meio de sua assessoria.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O bom senso prevaleceu de novo

Nem os ambientalistas de ocasião, representados pelas celebridades e por gente alheia à questão ecológica, e nem os desmatadores que querem transformar matas e regiões de mananciais em pastos ou áreas para ocupação irregular e especulação imobiliária, conseguiram impor sua vontade. E a presidente Dilma resolveu fazer um veto de alguns artigos, considerados polêmicos ou pouco claros, do Código Florestal. 

A notícia dos vetos pode ser lida aqui, aqui e aqui.

Ainda haverá um longo caminho até o texto final ser efetivamente revisado, sancionado e colocado em prática. O tempo vai dizer se haverá um ponto de equilíbrio entre os ambientalistas (aqueles que realmente trabalham no meio e estudam seriamente os impactos ambientais das atividades humanas e o funcionamento dos nossos ecossistemas) e os produtores rurais (principalmente aqueles dispostos a transformar a terra em uma fonte duradoura de riquezas, assim como os pequenos e os médios produtores rurais que dependem de suas propriedades para ter uma vida digna). Os radicais de ambas as partes podem se manifestar à vontade, pois estamos numa democracia, mas os anseios dos que querem ver o Brasil prosperar devem ser maiores do que os deles. O veto parcial e não total do novo Código mostrou que o bom senso prevaleceu no governo, e espero que isso continue assim.

Os egípcios foram às urnas

Depois de uma história inteira sem saber o que é uma democracia, o Egito teve a primeira eleição democrática de sua história, no dia 23 deste mês. Os candidatos à presidência mais fortes são Amr Moussa, ex-chefe da Liga Árabe, Ahmed Shafiq, ex-ministro de Hosni Mubarak, e Mohamad Mursi, do grupo islâmico radical Irmandade Muçulmana. Os dois últimos devem disputar o segundo turno, embora a apuração só termine na próxima terça. Neste caso, o cenário não será muito animador, pois Shafiq representaria o continuísmo e Mursi, o fundamentalismo. Mas o Brasil teve Collor e Lula após 29 anos sem eleições para presidente, em 1989...

Mulher egípcia tem a oportunidade de eleger pela primeira vez um governante (Ahmed Jadallah/Reuters)

No Egito antigo, os faraós eram reverenciados como deuses. Naturalmente, isso não era democracia. E esse termo não fora inventado na época de maior esplendor da civilização egípcia, isto é, entre a construção das grandes pirâmides de Khufu*, Khafra** e Menkaura*** (mais a enigmática Esfinge de Gizé) e o fim do governo de Ramses II (entre os séculos XXII a.C. e XIII a.C.). Quando o conceito de democracia nasceu em Atenas, o Egito era um reino decadente. 

Os assírios, povo conquistador da Mesopotâmia (atual Iraque), os persas e finalmente os macedônios, comandados por Alexandre o Grande, invadiram o Egito. Depois da morte do grande conquistador, subiram ao trono vários reis gregos, os Ptolomeus, que ainda se permitiram chamar de faraós, preservando em parte os costumes locais. Mas não implantaram a democracia, já que era impraticável naquela época. Cleópatra, da dinastia dos Ptolomeus, foi a mais ilustre figura do período, mas também a última. 

Após Cleópatra usar uma naja para tirar a própria vida, os romanos anexaram o Egito ao Império Romano. E houve um grande período de ocupação estrangeira, com a perda de sua independência. Romanos, árabes e turcos mandaram e desmandaram nos egípcios. Napoleão acabou com o domínio turco e houve uma tutela francesa, até o governo de Mehmet Ali (1805 a 1849); com isso, o Egito ganhou autonomia, mas ficou, na prática, nas mãos dos europeus; os franceses foram substituídos pelos britânicos após a construção do Canal de Suez, que permitiu os acessos de grandes navios provenientes das grandes potências ocidentais ao Mar Vermelho e, consequentemente, ao Oceano Índico. E a vida política do Egito ficou sob as ordens de Londres até a independência, em 1922. 

Seguiu-se então um curto período de reis autocráticos, mais interessados no luxo de seus palácios do que no bem estar da nação. Os britânicos continuavam donos do Canal de Suez, e a Segunda Guerra Mundial aumentou o efetivo militar na região, irritando os líderes egípcios. Houve a ameaça hitlerista em 1942, quando os alemães invadiram a Líbia, país vizinho. Com o fim da guerra, o déspota Faruk I tratou de impedir por todos os meios a formação do estado de Israel, enquanto outros líderes estavam descontentes com uma monarquia incompetente e corrupta. A irritação deles aumentou quando o Egito e outros países árabes perderam a guerra contra Israel, em 1948. Quatro anos depois, Faruk I foi deposto por um golpe militar. 

Seguiu-se um período de ditaduras. Gamal Abdel Nasser impõs sua mão de ferro até a morte, servindo como uma voz para os interesses árabes, enquanto implantava um regime de tendência socialista e reprimindo toda a oposição, desde os cristãos até os fundamentalistas islâmicos representados pela Irmandade Muçulmana. Durante a ditadura de Nasser o Canal de Suez foi finalmente nacionalizado, mas chegou a ser invadido por Israel, com apoio francês e britânico, mas as superpotências da época, EUA e URSS, sustaram a invasão por meio da ONU. Anwar Sadat continuou a política de Nasser até certo ponto, mas aliou-se aos EUA e fez o famoso acordo com Israel, em Camp David (1977). Isso irritou os radicais muçulmanos, que trucidaram Sadat em 1981. Hosni Mubarak aprofundou as relações com os norte-americanos e continuou a prática dos antecessores de adiar o contato dos egípcios com a liberdade e enriquecer à custa da miséria do povo. A Primavera Árabe terminou com a ditadura de Mubarak só no início de 2011. E um regime militar foi implantado. 

Agora, em maio de 2012, inicia-se um novo período na história do Egito, de transição para a democracia. Só haverá a consolidação quando os militares finalmente deixarem o poder nas mãos do presidente eleito. E os desafios são muitos: a economia egípcia não é das mais fortes e depende fortemente das divisas com o Canal de Suez e, obviamente, o turismo; além disso, a miséria e o terrorismo assolam o país. Até que tudo entre nos eixos, o futuro próximo desta grande nação milenar da África é tão ou mais enigmático do que a Esfinge. 




* Os gregos deram o nome de Quéops à grande pirâmide; ela é conhecida por este nome
** Em grego, Quéfren
*** Em grego, Miquerinos

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cariocas dão adeus à Libertadores

O Fluminense sonhava com um título na Libertadores e o Vasco, que já conquistou um título (1998), fora um outro num torneio considerado precursor, em 1948. Era a esperança dos cariocas para engordar um pouquinho a magra quantidade de títulos do Estado no torneio mais importante das Américas. 

Essa esperança dissipou-se. Primeiro, o Fluminense teve de enfrentar o Boca Juniors, um dos mais tradicionais times da Libertadores, e se deu mal. O Boca segurou o time carioca e teve calma para reagir após levar o gol de Carleto, no primeiro tempo. 1 a 0 não era o suficiente para o tricolor, pois o time azul e amarelo de Buenos Aires já havia feito 1 a 0 em La Bombonera. No segundo tempo, o time argentino, que não estava bem, voltou muito melhor e pressionou. E marcou, com Santiago Silva, aos 45 min. do segundo tempo, ou seja, no finzinho do jogo. Como resultado, o sonho do Fluminense caiu por terra. 

Mais tarde, era a vez do Vasco, enfrentando o Corinthians. No primeiro jogo, ficou num polêmico 0 a 0, ainda não totalmente esclarecido. O time paulista também está com esperança de ganhar o título pela primeira vez e é alvo de gozação sempre quando o assunto é Libertadores. E a partida foi equilibrada, mas no mau sentido, com pouca criatividade, muito nervosismo e chances preciosas de gol perdidas. A maior chance foi a do alvinegro carioca, com Diego Souza, no segundo tempo. O alvinegro paulista sofria com a pressão. Até que, aos 42 min. do segundo tempo, também bem no final do jogo, Paulinho fez o tento. O Corinthians vai para as semifinais das Libertadores pela segunda vez, à custa do 'naufrágio' do Vasco, que vai passar muito tempo sem se conformar com a eliminação.

Enquanto isso, na Copa do Brasil, o São Paulo, o Palmeiras e o Coritiba passam para as semifinais.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fazendo a nossa 'alegria'

Os brasileiros foram vítimas de toda a sorte de vilezas nesta semana!

As greves no Metrô, trens e ônibus em várias capitais do país deixaram sem transporte milhões de pessoas. Muitos trabalhadores ficaram impossibilitados de irem a seus empregos. Idosos deixaram de ir aos postos de saúde para fazerem exames médicos. Compromissos precisaram ser adiados ou cancelados. E tudo isso porque parte dos metroviários, motoristas, cobradores e operadores de trem estão fazendo uma greve só para tentar uma queda-de-braço com os governos estaduais, muitos deles também incapazes de demonstrar a necessária boa vontade com o transporte público. Alegam falta de verbas, providenciadas pelo governo federal... Sem falar nas falhas operacionais causadas por erros de operação ou descaso com a manutenção. Aquele acidente na linha 3 do metrô onde foram feridas dezenas de pessoas não têm justificativa e não pode jamais repetir-se! É NEGLIGÊNCIA!

Sem falar no circo da CPI, onde o bicheiro Carlinhos Cachoeira não falou nada, e os membros da comissão fizeram papel de idiotas, tentando extrair alguma informação dele (ou será que estavam querendo mostrar serviço a seus eleitores?). O contraventor exerceu seu direito de permanecer calado, mas estava querendo mais é apostar no "quanto pior, melhor" e demonstrar seu poder sobre os parlamentares, particularmente aqueles que fazem parte de sua quadrilha. Nosso Don Corleone está testando o governo, o Congresso e a Justiça para sua quadrilha continuar a saquear NOSSO DINHEIRO!

Enquanto isso, o dólar continuou a enlouquecer, a Bovespa despencou, bandidos continuaram a roubar e matar, 'para nossa alegria'!

terça-feira, 22 de maio de 2012

A mensagem da redação

Um texto considerado modelo pela USP contém uma mensagem que não pode ser considerada subliminar, devido às evidências.


Se lermios apenas as letras em negrito, poderemos notar a mensagem: 

Fora Rodas - Fora PM

É uma mensagem evidente de protesto contra a gestão do reitor José Grandino Rodas, considerado um tirano pelos Centros Acadêmicos, loteados por militantes do PSOL e do PCO, ávidos por uma 'ditadura do proletariado' disposta a combater as injustiças sociais por meio de um regime radical e anti-capitalista, como se o comunismo ainda não tivesse mostrado que não funciona. Rodas permitiu a atuação do PM, já que os crimes que afetam todo o resto da cidade estavam a assolar o campus. Isso assustou os usuários de drogas e os radicais que vêem nos PMs como forças repressivas.

A Fuvest ainda por cima considerou a redação como um "modelo", o de número 15, de acordo com o seu site, sem, aparentemente, perceber a mensagem. Porém, dificilmente poderia ser considerada um "modelo", devido a alguns erros como

(...) permite-se que as decisões de quem está no poder afete (sic) (...)

Se o que afetam são as decisões, o vestibulando deveria ter escrito afetem para haver concordância verbal. Um professor de Português ou Redação para o ensino médio pode analisar melhor este texto. 

Fora isso, o conteúdo do texto mescla rudimentos das idéias de Rousseau sobre o "contrato social" com termos confusos como "senso de pseudo-coletivismo" misturados com outros termos mais claros como a "idéia ilusória da democracia". Termos confusos devem ser evitados em uma redação, embora sejam quase inevitáveis, diante da pobreza educacional brasileira nos ensinos fundamental e médio. Já a ideologia do texto sempre é passível de melhora, sobretudo quando ela precisa se confrontar com uma visão mais amadurecida em relação ao nosso país, adquirida por meio de contato com bons professores, livros ou pelo convívio do aluno na universidade. No entanto, as idéias do aluno nesta redação casam-se muito bem com as dos centros acadêmicos, ainda mais considerando o texto 'subliminar'. 

No Brasil, muita coisa de gosto duvidoso vira moda. Só falta isso ser imitado, para a divulgação de mensagens ainda mais perturbadores do que esta, como "morte aos negros", "fora nordestinos", etc.

Já passou da hora de fazer a educação brasileira se destacar não pela divulgação de palavras de ordem,  mas pelos resultados contra o analfabetismo funcional, a ignorância e a má formação de nossos alunos.

As outras redações podem ser lidas no site da Fuvest.


P.S.: existe também uma mensagem no mesmo estilo da polêmica redação, mostrando o quanto esse recurso é grotesco. 


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dollar smash!

O dólar não para de subir e está atingindo valores perigosos. Se antes ele estava muito baixo, prejudicando as exportações, agora, com o valor de agora - US$ 1,00 = R$ 2,04 - está ameaçando o mercado interno, principalmente as despesas feitas em moeda americana. 

Desde a semana passada, o valor vem subindo, e na sexta-feira ameaçou ultrapassar US$ 2,05, não fosse a intervenção do Banco Central, vendendo dólares e equilibrando a relação oferta-demanda. 

Pode até ser que este valor seja bom para os exportadores, mas o continente europeu, grande comprador de nossos produtos, está em crise, arrefecendo o consumo de mercadorias vindas de outros países, o que é ruim. E é lá a origem do problema: a Grécia está arruinada e a Espanha precisa tomar medidas para não ficar seriamente prejudicada, embora sua economia não seja tão frágil. Ou seja, não é uma marolinha para o Brasil.

Para os leigos em economia, o comportamento do dólar lembra o de um personagem em alta no cinema, graças ao filme The Avengers. Sim, ele também é verde... 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Questões maiores e menores

A imprensa está atenta em relação à "CPI do Cachoeira", mas muita gente está com medo dos desdobramentos, devido à abrangência do esquema montado pelo bicheiro. Muitos explicam isso como a causa da indefinição quanto às convocações dos governadores apontados como envolvidos (Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral), de deputados e senadores, do ex-presidente da Delta (empreiteira envolvida no esquema e que tem contrato com obras do governo) e do próprio Carlinhos Cachoeira. Muitos não acreditam que as investigações avancem muito, ainda mais com a reputação de alguns membros da comissão, como o ex-presidente Collor. Já há gente pensando que este escândalo é pior até que o mensalão. 

Por falar nisso, ainda não há uma definição clara de como o STF vai tratar o assunto. O presidente Carlos Ayres Britto vai fazer uma reunião na próxima terça, dia 22, para avançar no julgamento dos responsáveis pelo maior assalto ao NOSSO DINHEIRO da história republicana. Por enquanto, nada a fazer contra José Dirceu, considerado o líder dos "40 ladrões", como são apelidados. E muito menos contra Lula, o ex-presidente que sabe muito mais do que disse ter declarado em 2005, o ano das mesadas polpudas e do dinheiro na cueca. 

Enquanto nada se define, há uma troca de acusações entre os blogs, os jornais e as revistas. Não faltam siglas para difamar os opositores. Blogs e jornalistas simpáticos ou aliados do PT chamam o lado opositor, ou mesmo aqueles que querem investigar mais a fundo o governo, como membros do chamado "PIG" (Partido da Imprensa Golpista). Já os mais aguerridos críticos do governo Dilma chamam os "situacionistas" de "JEG" (Jornais da Esgotosfera Governista), "BESTA" (Blogosfera Estatal) e "PUS" (Partido Unificado da Situação). Toda essa briga é normal num país democrático, mas isso não pode atrapalhar o trabalho da imprensa nem alimentar radicalismos. O direito dos leitores à informação é maior do que o posicionamento político dos jornalistas. Transformar leitores em meros torcedores de uma ou outra causa é algo contrário à ética e ao país. 

Por falar em torcida, é bom que a imprensa esclareça de uma vez por todas se o gol do Vasco anulado pelo árbitro em São Januário no jogo contra o Corinthians, no jogo de ida das quartas-de-final, foi legal ou não. O tira-teima da Globo mostra que o gol foi devidamente anulado, embora os comentaristas da própria emissora divirjam. Já o mesmo recurso utilizado pelo canal fechado Fox Sports lança mais dúvidas, acirrando os ânimos das torcidas.

O que a Globo mostrou (fonte: Globo.com, por meio de um vídeo do Globo Esporte)... 

... e o que a Fox Sports teria mostrado (fonte: Folha Paulistana). Essas questões são menores comparadas com...

... o que a CPI precisa mostrar a respeito do bicheiro Carlinhos Cachoeira (fonte: UOL)...


... e também com as revelações do STF sobre o mensalão (fonte: página oficial do STF, pelo Wikipedia). 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Comissão da Verdade e seu papel nas investigações da ditadura

A Comissão da Verdade visa investigar tudo o que aconteceu durante a ditadura militar, período da História que não pode mais se repetir por aqui. Serão abordados outros temas da história recente do Brasil, desde a queda de Getúlio Vargas (1945) até a promulgação da atual Constituição (1988), mas eles vão se debruçar, durante dois anos, principalmente no período mais negro da nossa históiria recente, entre 1964 e 1985.

Ela é formada por Gilson Dipp, João Paulo Cavalcanti Filho, Rosa Maria Carneiro da Cunha, Paulo Sérgio Pinheiro, Cláudio Fonteles, José Carlos Dias e Maria Rita Kehl, profissionais relacionados ao Direito e às Ciências Sociais, portanto dentro do perfil adequado, porém a maior parte deles é vinculada aos governos Lula e Dilma. 

A intenção é investigar, entre outros temas, a ação dos militares contra todos os desaparecidos políticos. Segundo acordo firmado entre os integrantes, servirá para mostrar os abusos cometidos pela guerrilha. A grande maioria dos guerrilheiros seguia os ideais do marxismo, principalmente a vertente castrista-guevarista. Eles lutavam contra o regime por meio da violência, e muitos deles não queriam colocar a democracia no lugar, e sim um governo parecido com o de Cuba. 

Houve abuso dos dois lados. Por um lado, um regime que não pode ser justificado com argumento nenhum. Não foi um movimento para 'salvar o país da anarquia', e sim uma quebra da ordem institucional que impõs a censura, a tortura, a perseguição política, e violentou a liberdade. De outro, a chamada 'luta armada' dos guerrilheiros, mais afeitos a Fidel Castro do que a qualquer governante que respeite a vontade de seu povo. Nessa guerra, fez-se muitas vítimas civis, brasileiros comuns, e gente que escolheu a oposição pacífica ao governo, como Rubens Paiva. 

Nem os mais otimistas acreditam que isso vai realmente fazer justiça às vítimas da ditadura, porque ela terminou oficialmente em 1985, com a posse de José Sarney. E o período onde houve os desaparecimentos políticos foi na vigência do AI-5 (1968 a 1978). Boa parte dos responsáveis pelos crimes cometidos em nome da 'Revolução' (sic) está idosa demais para ser punida, ou já morreu. A comissão não tem o poder de punir ninguém, apenas de analisar e investigar.

Os trabalhos precisam atuar dentro do que determina a atual Constituição, que corrobora a Lei da Anistia de 1979, feita durante o período da abertura política (1979 a 1985). Essas leis não permitiram a devida punição aos responsáveis por um período sombrio na nossa história, mas devem ser seguidas, simplesmente pelo fato de serem leis.

Espera-se que os sete membros da Comissão cheguem a um resultado que ajude a esclarecer os fatos ocorridos durante o regime militar, e não alimentem reações imprudentes contra os militares, que até agora estão relativamente quietos, embora temerosos de possíveis 'revanchismos' de um governo do PT, cuja formação abriga muitos ex-guerrilheiros. A própria presidentA integrou a luta armada, embora nada indique que ela volte às ações violentas da juventude. Ela não deve interferir no trabalho, e muitos menos aqueles interessados em fazer dos guerrilheiros do Araguaia e outros militantes socialistas como 'mártires da ditadura', como se fossem eles os heróis da História - que não se resume a uma sequência de lutas entre heróis e vilões, como até as crianças sabem.

A abertura dos trabalhos teve a presença da presidentA Dilma e de todos os ex-presidentes vivos, ou seja, José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Da série 'Mentiras que contam na internet', parte 3

Existe uma profusão de usos do termo 'genérico'. Uns são corretamente aplicados, e outros nem tanto.

Por exemplo, no caso do remédio 'genérico', é devido ao principio ativo, ao componente principal de um remédio, sem a presença da marca comercial. 

Em informática, diz-se, por exemplo, de placas-mães 'genéricas', ou seja, sem uma marca específica, que podem equipar vários tipos de computadores. 

O termo também quer dizer 'indeterminado', sem entrar em detalhes para facilitar o entendimento, como 'termos genéricos'. Neste contexto, o Custo Brasil é um termo genérico para qualificar várias formas de encarecer os produtos fabricados neste país. 

Porém, o termo 'genérico' é utilizado indevidamente para caracterizar um produto pirateado ou de qualidade inferior. Por exemplo, um celular 'xing-ling' pode ter marca, mas muitas vezes é dito como 'genérico'. Se tem marca, não pode ser considerado como genérico, só por ser de qualidade duvidosa. 

Chegaram a falar de uísque 'genérico', mas isso não existe. Existem uísques falsificados, vindos do Paraguai ou de algum fundo de quintal. Da mesma forma, o tal 'vinho químico' (álcool de limpeza + groselha) é uma falsificação grotesca capaz de arruinar a saúde de quem o consome, e não um vinho 'genérico'. Além disso, todas aquelas quinquilharias que imitam produtos consagrados, como os produtos da Apple (iPhone, iPad) e os consoles de videogames (Playstation 3, Xbox, Wii) não são 'genéricos' deles, e sim falsifcações puras e simples. Chamar alguma traquitana de 'genérico', portanto, serve apenas como um falso eufemismo. 

Nesse contexto, os chamados 'Viagras genéricos', como aparece frequentemente nas buscas do Google (mais de 8 milhões de resultados) são, na verdade, falsificações do Viagra ou substâncias similares a esse remédio para impotência, mas sem o mesmo efeito (ex.: Cialis). A patente da fórmula do Viagra, antes pertencente à Pfizer, foi quebrada recentemente, mas o seu princípio ativo, Sildenafil, nem sempre é empregado nos tais 'genéricos'. Portanto, para quem precisa desse remédio, é bom ficar atento. 

Portanto, quando se qualifica um produto ruim ou mera imitação de algo melhor, é melhor tomar cuidado. Melhor chamar esses produtos como eles são: ruins, inferiores, falsificações, engana-trouxas, etc. Não se pode chamá-los de 'genéricos'.


Obs.: Falei de vinhos genéricos, e eles existem, sim: são aqueles que utilizam mais de um tipo de uva, de diferentes procedências. Eles podem ter excelente qualidade, mas são essencialmente diferentes dos vinhos que levam apenas um tipo de uva (varietais) ou aqueles que são combinações de outros vinhos (assemblage). 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os campeonatos estaduais acabaram

Em São Paulo, o Santos faturou o tricampeonato após derrotar o Guarani por 4 a 2. No Rio, é o Fluminense, que derrotou o Botafogo por 1 a 0. Em Minas Gerais, o Atlético Mineiro foi o campeão. No Paraná, o Coritiba. No Rio Grande do Sul, quem ganhou o título foi o Inter. Na Bahia, o Bahia. Em Pernambuco, o Santa Cruz, e assim por diante. E o Brasileirão vai começar só no fim desta semana.

Sendo assim, a imprensa vai passar a dedicar mais sobre os assuntos do momento: 

- a CPI do Cachoeira e suas enormes implicações políticas, que afetarão os envolvidos na Delta, os corrompidos pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e governadores como Marconi Perillo e Agnelo Queiroz;

- a nova crise econômica causada pela indefinição no governo da Grécia; já comparei essa crise a uma hidra, e ela está fazendo o dólar aproximar-se de R$ 2,00 (por aqui) e derrubando as bolsas de valores de todo o mundo; 

- a pressão sobre Dilma, responsável pela sanção ou pelo veto, total ou parcial, daquela colcha de retalhos chamada Código Florestal, que não agrada nem os ambientalistas e nem os produtores rurais; 

- as fotos da Carolina Dieckmann, disponíveis na rede depois que hackers tiveram acesso ao "acervo" da atriz; dois envolvidos já foram identificados, graças ao rastreamento do IP (o endereço virtual).


P.S.: quase me esqueci da Copa do Brasil e, principalmente, da Copa Libertadores; é um esquecimento imperdoável para um post que trata de futebol...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Fluminense avança

Infelizmente, não há vagas para todos os times brasileiros porque, nas oitavas, Fluminense e Internacional tiveram de fazer uma partida. Não é preciso dizer que só o vencedor levava a vaga. E deu Flu. 

Com melhor campanha na primeira fase, o time carioca teve uma partida equilibrada com o gaúcho. Os primeiros aguardavam as tentativas dos últimos de fazer gol, e contra-atacavam. A tática de segurar a pressão dos visitantes deu certo, no final das contas. Apesar de levarem o gol de Leandro Damião aos 13 min iniciais, o tricolor reagiu pouco depois e Leandro Eusébio empatou. No final do primeiro tempo, foi a vez de Fred aproveitar um lance de falta e virar o jogo. Depois, tiveram de aguentar as tentativas do Colorado para reverter a desvantagem. 

O Flu vai enfrentar o tradicional Boca Juniors, na esperança de avançar e ganhar sua primeira Libertadores. Já o Inter ficou no caminho e vai ter de correr atrás do seu terceiro título no torneio em 2013, caso conseguir uma vaga jogando no Brasileirão.

As quartas-de-final já foram todas definidas. O último jogo foi um massacre do Universidad de Chile contra o Deportivo Quito, que conseguiu neutralizar um placar muito adverso (4 a 1 em Quito, e depois 6 a 0 em Santiago).

Como ficaram os jogos de ida das quartas:

- Libertad (PAR) x Universidad de Chile (CHI) - 16/05, 18h30
- Vasco (BR) x  Corinthians (BR) - 16/05, 20h
- Boca Juniors (ARG) x Fluminense (BR) - 17/05, 19h45
- Vélez Sarsfield (ARG) x Santos (BR) - 17/05, 22h

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Massacre na Vila

Não é uma daquelas tragédias que vez ou outra aparecem neste blog, mas é igualmente impressionante. Aconteceu na Vila Belmiro, no estádio do Santos. 

Depois do "sacode" do Corinthians no Emelec no Pacaembu por 3 a 0 e do sufoco do Vasco para eliminar o Lanus no estádio deles, em Buenos Aires, nos pênaltis, o Santos quis reverter a derrota para o Bolivar na altitude dos Andes. 

O Blog do Torcedor da Globo.com acertou em cheio com o jogo de hoje ao divulgar essa foto.

Quase ao nível do mar, o time boliviano não teve a mesma garra. O resultado foi o seguinte: 

Primeiro tempo: 

- 5 min: Elano faz as pazes com as redes e abre o placar; 
- 22 min: Neymar cobra pênalti e faz o seu primeiro gol na partida; 
- 27 min: Neymar cruza para Ganso, que faz um golaço; 
- 30 min: Alan Kardec amplia ainda mais, com um chute rasteiro; 
- 36 min: Neymar conta com a ajuda do boliviano Valverde para fazer mais um; 

Segundo tempo: 

- 5 min: Os bolivianos mal se recuperavam da surra quando Neymar cruzou para Elano e este não desperdiçou a chance; 
- 7 min: É a vez de Ganso fazer mais uma...
- 15 min: Borges faz o último gol, após passe do endiabrado Neymar. 

A partir daí, a partida ficou mais morna, com algumas tentativas de gol mal sucedidas. Mas já era a maior goleada desta Libertadores 2012. Neymar e seus companheiros mostraram o que sabiam diante de um adversário fraco, que no jogo de ida mais se preocupou em brigar do que em fazer gols, com a ativa cumplicidade de alguns torcedores "laranjas", e agora pagou caro por isso. Agora é só aguardar o jogo das quartas, contra o Velez Sarsfield. 

Esta temporada do maior torneio das Américas mostrou ser muito diferente de 2011, naquele fatídico 4 de maio, quando todos os times brasileiros nas oitavas, menos o Santos, foram desclassificados. Só não vai ser uma participação unânime dos times brazucas porque ainda há uma partida entre o Fluminense e o Inter. Um jogo entre brasileiros, para ver quem acabará sobrando. Aguardem o próximo post.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A nova hidra

A calamitosa situação grega já está provocando estragos no resto do mundo. Que o digam os investidores e operadores das bolsas, assim como pessoas cujas dívidas estão em dólar. As bolsas estão despencando nos últimos dias, principalmente na Europa, e por aqui o dólar está perigosamente próximo dos R$ 2,00. 

Quanto mais o FMI e o governo grego tentam resolver o perigo, maior a convicção de que estão tentando repetir um dos trabalhos de Hércules. Pois a crise grega parece um monstro de várias cabeças, tal como a hidra de Lerna. Com ajustes pontuais, reformas políticas e econômicas, decepam-se as cabeças, para surgirem outras no lugar. Agora estão acusando a recente eleição parlamentar grega, no domingo passado, de alimentar a fera. E as eleições presidenciais na França, que impuseram uma contundente derrota a Nikola Sarkosy em favor de François Hollande, socialista, são apontadas como responsáveis pelo corte de munição da França contra o bicho.

Já estão discutindo soluções mais radicais para a destruição dessa besta, como a exclusão da Grécia da UE. Ela seria proibida de usar o euro como moeda. A criatura pode até não morrer, mas ela deixa de atacar com tanta intensidade a Europa e o resto do mundo com seu poder destruidor de fazer inveja ao Godzilla e ao Hulk. Quanto aos gregos, eles não tem esperança de encontrar um novo Hércules, pois eles já não crêem em mitos. E ao contrário daquela dos tempos antigos, a atual hidra não é uma lenda.

A hidra de Lerna deu muito trabalho para Hércules. Já a atual está dando trabalho para o mundo todo (divulgação, do site Você S/A).

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Da série 'Mondo Cane', parte 18 - Cuidado com o que você toma!

Existem remédios para todos os males. É o que dizem!

A moda agora é o extrato de sementes de sucupira, cuja comprovação científica é questionável. Existem vários sites que apregoam as qualidades da planta, e até depoimentos do ator Juca de Oliveira, entre outros consumidores. Ela serve para curar desde artrose até câncer. Nada indica, porém, que a sucupira funciona em caso nenhum desses, pelo menos para os seres humanos. Pelo menos não se comprovou que esse 'remédio poderoso' faça mal, pelo menos se obedecer às doses indicadas pelos sites.

Portanto, a sucupira é inofensiva, se comparada à panacéia apresentada no Oriente, onde alguns malucos fazem remédios à base de CARNE DE BEBÊS ABORTADOS NO NORTE DA CHINA!

É inacreditável, mesmo. A notícia está aqui.

Querem vender cápsulas de carne humana como remédio para mais males do que os supostamente curados pelo extrato de sucupira. E o pior é que muitas pessoas desesperadas acabam comprando esse 'remédio'. Sorte que as autoridades sanitárias da Coréia do Sul agiram a tempo. Mas provavelmente é só uma pequena parte das 'pílulas milagrosas' comercializadas no mundo, a partir do norte da China.

Trata-se de mais um caso de vigaristas que praticam estelionato, atentado à saúde pública e, além de tudo, canibalismo, como no caso daqueles vendedores de empada pernambucanos. 

Nem e preciso registrar sobre o perigo de querer se curar com uma beberagem ou uma pílula qualquer, como se, por alguma força milagrosa ou mágica, isso fosse capaz de acabar com uma dor crônica ou um câncer em estágio inicial. Na pior das hipóteses, o 'bagulho' não resolve o problema e ainda cria outros, como uma intoxicação. E nós estamos no século XXI...


O que rolou na Virada

A Virada Cultural é um acontecimento já tradicional na cidade de São Paulo, onde muita gente pode curtir o seu artista favorito, teoricamente de graça. 

Como não podia deixar de ser, houve problemas, inevitáveis neste tipo de evento. O pessoal responsável pela organização do evento foi insuficiente, que o diga Alex Ayala, protagonista de um dos destaques da Virada: a distribuição de sua galinhada (prato típico mineiro). Era para os interessados pegarem uma senha e entrarem em fila. Mas o prato só dava para 500 pessoas, e muito mais gente queria comê-lo. Como resultado, houve tumulto e Ayala literalmente fugiu do evento. Havia também cartazes com conteúdo totalmente estranho à culinária, dizendo: "Veta, Dilma!", repetindo o gesto da Camila Pitanga no Rio contra o novo Código Florestal.



A galinhada do Minhocão terminou em confusão (fotos: Bruno Santos/Terra)

Houve outros problemas, como a morte de uma garota por overdose, assaltos, agressões e a venda de um estranho líquido chamado de "vinho químico", beberagem feita com álcool de limpeza e groselha, para alguns malandros faturarem à custa do envenenamento dos incautos compradores da "bebida". 

Mas nem tudo é sofrimento na Virada. Muita gente curtiu as várias bandas de jazz, reggae, rock, funk e bandas que fizeram sucesso no final do século passado, como Byafra, Titãs, Virgulóides e Michael Sullivan. O cantor sertanejo Tinoco, da antiga dupla Tonico e Tinoco, não pôde vir à Virada por um bom motivo: ele morreu na sexta-feira, aos 91 anos. Rafinha Bastos e Rafael Cortez, cada um num horário diferente, trataram de animar a platéia com seu humor "politicamente incorreto" (principalmente o Rafinha) em formato stand-up, na Praça da Sé. E Gilberto Gil encerrou a festa, na Praça Júlio Prestes.

domingo, 6 de maio de 2012

Duas (ou são três?) atrizes que viraram assunto

Não costumo postar num domingo, mas vou fazer uma exceção.

Tinha três assuntos para comentar: a Virada Cultural, o caso das fotos da Carolina Dieckmann e o "Veta Dilma" da Camila Pitanga. Escolhi as duas últimas, por terem acontecido na sexta, portanto antes da Virada. 

A filha de Antônio Pitanga apresentava a cerimônia de consagração de Lula como doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro e outras quatro universidades públicas fluminenses (por mais inusitado que isso possa parecer, mas isso não vem ao caso agora). Ela chamou a atenção pela beleza, mas também por quebrar o protocolo - e ela disse isso explicitamente - pedindo um "Veta, Dilma". A presidentA estava na cerimônia e ouviu a atriz sem expressar uma palavra. 

Camila Pitanga foi muito comentada pelo "Veta, Dilma!" (foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press)

O veto é para o Código Florestal, aprovado recentemente. Camila, que é evidentemente uma celebridade mas não é especialista em meio ambiente, usou seu carisma para tentar impor seu ponto de vista. E de uma forma inoportuna, atrapalhando o andamento de uma cerimônia oficial (o fato de ser a "doutoração" de Lula não deixa de ser considerada assim). Ficou parecendo uma militante "ecochata". 

Por mais que o Código seja repleto de falhas, ele tem de ser lido e analisado pela presidentA antes de seu parecer final. Não vai ser a Camila ou qualquer ecologista de ocasião que vai impor o veto. A decisão é da Dilma. 

Outra atriz também ficou nos holofotes na mesma sexta-feira: é a Carolina Dieckmann. Amiga de Camila, e também conhecida pela beleza, ela teve de acionar a Justiça por causa de fotos que apareceram na Internet. As fotos mostram a atriz em poses sensuais e/ou seminua. O advogado de Carolina, Antônio Carlos de Almeida Castro (coincidentemente, também defensor do deputado Demóstenes Torres, pivô de um dos maiores escândalos  políticos desde o Mensalão) disse que ela foi chantageada por um homem não identificado. O computador da atriz teve de entrar em manutenção há dois meses e talvez por isso as fotos tenham vazado. 

Duas das fotos íntimas de Carolina Dieckmann que vazaram para a Web (reprodução, pelos sites do R7 e do Correio do Brasil)

Não é conveniente censurar a atriz por não ter protegido seus dados ou feito um backup adequado, coisa que todo dono de computador deve fazer para não ter seus documentos virtuais roubados. Ela teve de aprender isso da pior maneira. Mas o episódio deu o que falar nas redes sociais e até a colega de Camila, Luana Piovani, famosa por seus pitacos, falou a respeito

A atriz Luana Piovani botou mais lenha na fogueira ao comentar sobre a colega, mas disse que nunca iria divulgar suas fotos sem roupa, para infelicidade de muitos (foto: divulgação)

A Justiça mandou retirar as fotos ontem, mas só hoje elas deixaram de estar disponíveis. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Confirmada a nova regra da poupança

A nova Medida Provisória já está valendo para este ano e vai vincular mesmo a poupança à taxa Selic. É mais ou menos o que foi postado anteriormente, mas qualquer novo depósito feito a partir de hoje é vinculado a uma nova conta. Neste caso, não há escapatória para os atuais correntistas. 

Muitos investidores estavam fugindo para a poupança, onde não há a incidência de Imposto de Renda e a rentabilidade, apesar de baixa, é maior do que a de outros meios de investimento para pequenos valores. Com esta medida, se novos cortes de juros forem feitos, pode haver o inverso: transferências da poupança para os fundos de renda fixa, ações, dólar, ouro e outras aplicações. 

Quem ficou sabendo das novas medidas se preocupou. Mas por ora não há motivo para esvaziar o 'cofrinho', pois a taxa atual está em 9% e ela depende de outros fatores, como a crise na Europa e a inflação, para baixar. Se a Selic ficar em 8,5%, daí sim o garrote, aliás, a vinculação da poupança à Selic, passa a ser aplicado. 

A maioria dos economistas acha que essas medidas, apesar de prejudicarem a popularidade da presidentA, são necessárias para possibilitar novos cortes de juros. 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A poupança em discussão no governo

Para favorecer a queda dos juros, o governo da presidentA quer mexer nas regras da poupança. As resoluções serão anunciadas hoje. 

Na verdade, há tempos que o governo quer mexer nessas regras, e não só por causa dos juros. Além de serem isentos do imposto de renda, a 'excessiva' valorização da poupança (*) acaba induzindo os investidores a retirar dinheiro de outras aplicações, inclusive títulos da dívida pública, reajustados pela Selic.

O maior medo dos usuários da velha caderneta de poupança é a rentabilidade, que já não é grande coisa...

São fortes as possibilidades de a poupança vir a ser reajustada também conforme a Selic, principalmente para novos investidores. A regra atual impõe reajustes pela TR (taxa referencial) mais o valor fixo de 0,5% ao mês. Futuramente, a valorização será pela TR mais 70% do valor da Selic correspondente a um mês. Atualmente, são 9% ao ano. Isto só valeria se a taxa básica de juros for menor do que 8,5%. Caso contrário, vale a atual regra, segundo o que diz os portais de notícias. Estas regras serão feitas por meio de uma medida provisória, o velho expediente dos governos atuais de fazerem o papel que cabe ao Legislativo. Pelo menos não há o 'risco' do Congresso engavetar a medida.

Porém, isto não está confirmado porque a decisão, neste momento, ainda não foi tomada.


(*) Excessiva é força de expressão, diante dos juros cobrados para quitar dívidas nos empréstimos e no cartão de crédito, sempre maiores do que os ganhos em qualquer aplicação de baixo risco.