sábado, 27 de julho de 2013

Em Copacabana, o papa dá o seu recado

Desta vez, o papa escolheu falar em sua língua natal para condenar as drogas, a violência, a impunidade, a corrupção, o racismo, e vários outros pecados cometidos no Brasil, após a encenação da Via Crucis dirigida por Ulysses Cruz e com a participação de artistas consagrados, a maior parte deles atores da Globo como Narjara Turetta, Murilo Rosa e Cássia Kiss, e cantores prestigiados pela emissora carioca, como Elba Ramalho. Mais de 1 milhão e meio de pessoas estavam no local acolhendo o chefe da Igreja Católica e ouvindo-o atentamente.

Nem os próprios sacerdotes foram poupados da bronca de seu líder, que lhes cobrou maior coerência e dedicação nas suas tarefas de orientar os fiéis e pregar a doutrina. Segundo Francisco, isso causou o afastamento dos jovens.

No discurso, ele poupou outro pecado, para não constranger as autoridades cariocas: a má administração política. Como explicar a construção de um palco em Guaratiba, que levou dois anos para tudo ser arruinado pelas chuvas? E o que dizer do transporte público em parafuso, principalmente o metrô, atrapalhando os fiéis principalmente no dia do início da JMJ? A um custo de mais de R$ 300 milhões! Não será surpreendente se os manifestantes exigirem o impeachment do governador e do prefeito quando o papa voltar a Roma. 


P.S.: por falar em manifentantes, eles não param de protestar, apesar das baixas temperaturas nas cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste; o problema é a contundência dos vândalos, que acabaram descaracterizando totalmente os movimentos e causando prejuízos, inclusive na Av. Paulista; isto foi um dos motivos para o caos no trânsito em São Paulo: 300 km de congestionamento.


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