Joseph Blatter, o presidente da Fifa, anunciou que a escolha do Brasil como sede da Copa pode ter sido "errada", em decorrência dos protestos ocorridos durante a Copa das Confederações.
Isso não quer dizer que eles estejam desistindo de fazer o torneio por aqui, muito pelo contrário. A Copa será aqui mesmo, e é tarde demais para mudar isso.
Porém, é mais uma oportunidade da entidade se intrometer em assuntos do governo, e insinuar que as manifestações atrapalharam a Copa das Confederações. Os protestos também tinham a entidade máxima do futebol como alvo, mas o achincalhe contra NOSSO DINHEIRO representado pelo abuso nos gastos da Copa foi apenas uma das pautas. Os principais responsáveis pela gastança não são os membros da Fifa, mas empreiteiras e políticos, muitos deles dispostos a arrancar dinheiro à custa do evento, mesmo que isso signifique a ruína do país.
As preocupações de Blatter se devem, também, à UEFA (a entidade máxima do futebol na Europa), que anda pressionando a Fifa devido ao modo como as Copas são conduzidas. Eles querem que os próximos torneios sejam feitos em mais de dois países, para beneficiar mais federações e garantir maior distribuição de lucros. Este é mais uma das rusgas entre as duas instâncias do futebol mundial, já que os cartolas europeus nunca "morreram de amores" por Blatter, acusado de enfraquecer a Europa com medidas populistas, visando o apoio das federações da África e da Ásia. Essa política é, de certa forma, continuação das práticas feitas por João Havelange, que consolidaram a péssima imagem da entidade perante o mundo.
Também é notória a simpatia das grandes entidades esportivas, e não só a Fifa, por regimes onde o povo é obrigado a aceitar todas as medidas de seus governos, como nas tiranias do Oriente Médio. Manifestações pacíficas são aceitáveis numa democracia, segundo Blatter. Inaceitável, para ele, parece ser a própria democracia.
Também é notória a simpatia das grandes entidades esportivas, e não só a Fifa, por regimes onde o povo é obrigado a aceitar todas as medidas de seus governos, como nas tiranias do Oriente Médio. Manifestações pacíficas são aceitáveis numa democracia, segundo Blatter. Inaceitável, para ele, parece ser a própria democracia.
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