Hoje, o transporte público em São Paulo ficou paralisado parcialmente sob o pretexto de haver uma eleição no sindicato de motoristas e cobradores.
16 terminais de ônibus foram impedidos de circular. O responsável por essa paralisação, Edivaldo Santiago, lidera a chamada "chapa da oposição" ao sindicato. Ele já foi presidente da categoria por duas vezes, entre 1988, quando a empresa responsável pelo transporte público ainda era a CMTC, e 2003, quando foi preso, sob acusações de enriquecimento ilícito, corrupção, uso do sindicato pelas empresas de ônibus para fazer locautes (greves a mando dos patrões) e pressionar as prefeituras nas gestões Pitta e Marta, e assassinato de sindicalistas rivais. O atual presidente do sindicato, Isao Hosogi, também estava entre os presos.
Ou seja, é uma briga entre "pelegos" capaz de causar transtorno na população, dependente de um sistema de transporte público péssimo. Isso irá perdurar enquanto não se construírem mais linhas de metrô, capazes de atender à demanda, tarefa extremamente complicada, custosa e que pode demorar décadas para se concretizar.
Isso ocorre às vésperas do tal "Dia Nacional de Lutas", paralisação dos trabalhadores organizados pelos sindicatos, principalmente a Força Sindical. Eles defendem várias pautas, como tem sido praxe nas manifestações. Isso me lembra um velho ditado de um grande poeta da Roma Antiga, Horácio, que lembra as paralisações de hoje e amanhã:
Parturient montes, nascetur ridiculus mus.
Traduzido como "A montanha pariu um ridículo rato". Ou seja, o risco de toda essa luta resultar em nada, ou pior, só causar a
paralisia momentânea do país a troco de mesquinharias, é
muito significativo.
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