O STF está prestes a investigar o chamado "mensalão tucano", uma versão bem mais reduzida e menos sistematizada do "mensalão petista", responsável pela transferência do NOSSO DINHEIRO para bolsos e cuecas de gente que quer enriquecer à custa do povo.
O "mensalão tucano" ou "tucanoduto mineiro" envolve apenas poucos membros do PSDB mineiro e altos funcionários da Cemig e da Copasa, estatais de energia e saneamento respectivamente, mas compromete a imagem do partido, sem dúvida. Por ter acontecido em 1998 e ter a participação de Marcos Valério, foi considerado um ensaio para o grande escândalo ocorrido sete anos depois. O mais enrolado de todos é o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo.
Para tentar evitar uma maior deterioração na sua imagem e não atrapalhar a campanha de Aécio Neves, seu correligionário, à presidência do Brasil, Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal. Porém, ainda vai ter de enfrentar a Justiça comum, e se houver provas - por enquanto há indícios - de participação dele na roubalheira em Minas, a carreira política de Azeredo precisará ser encerrada pelo bem do país.
Eduardo Azeredo renunciou ao mandato de deputado federal pelo PSDB mineiro (Divulgação)
A roubalheira representada pelo mensalão e pelo "tucanoduto" induz as pessoas a pensarem que todo político é necessariamente um calhorda em potencial, abrindo espaço para desejos de golpes militares, revoluções radicais e outros pensamentos frutos de mentes necessitadas de informação e serenidade. O Brasil tem de aprender a resolver seus problemas sem salvadores da pátria nem candidatos a serem novos Getúlios ou Médicis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário