Está mais forte para caminhar, com mais vigor, para ser uma nação pária.
Graças à nomeação de dois juristas sem suficiente conhecimento do processo em trâmite quando eles foram empossados no STF, e, pior, engrossando o grupo dos favoráveis ao PT, o crime de formação de quadrilha foi desqualificado. Infelizmente, devido à demora na abertura do processo e à exigência de aposentadoria compulsória para Carlos Ayres Brito e César Peluso, segundo o artigo 40 da Constituição Federal.
Como bem lembraram o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, e seu ex-desafeto Gilmar Mendes, houve, sim, uma quadrilha. As circunstâncias e o julgamento mostraram que o mensalão foi uma trama construída graças a um grupo organizado. Infelizmente, o grande beneficiado do mensalão foi prontamente descartado no processo.
Os favoráveis à absolvição foram, além dos últimos ministros nomeados por Dilma (Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso), o vice-presidente do Supremo Ricardo Lewandowski, também líder dos "favoráveis" e seus seguidores Dias Toffoli e Rosa Weber, mais Carmem Lúcia.
Além de Barbosa e Mendes, Luís Fux, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello foram os "não-favoráveis", derrotados na sessão de ontem.
Nesta semana, os votos de Lewandowski, Toffoli, Weber e Barroso mereceram menos críticas ...
... do que as camisetas feitas pela Adidas para a Copa.
Isso devia incomodar a gente bem mais do que as camisetas da Adidas, que mostraram bundas femininas, algo intensamente explorado inclusive pela propaganda oficial. Antecipou-se o Carnaval em Brasília para a Rainha Moma e seus Brighelas (*) e Scaramouches (**) se indignarem e lutarem pela dignidade nacional. Na verdade, essas camisetas nem eram para ser levadas a sério, tais como o comercial de carne feito pelo Roberto Carlos, um ex-vegetariano, agora alvo das piadas nas redes sociais. O problema maior é o que se faz com o dinheiro público.
(*) criado da Commedia dell'Arte, representando um tipo puxa-saco, astucioso e encrenqueiro
(**) representante dos militares, podendo ser estendido às forças governamentais em geral, na mesma Commedia dell'Arte; o Scaramouche é também conhecido como "Capitão" ou "Matamoros".
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