Hoje terminou a premiação dos prêmios mais famosos vindos da Escandinávia, com a entrega do Prêmio Especial de Economia (não idealizado por Alfred Nobel, pois começou a ser oferecido em 1969, e também não entregue em Estocolmo, mas em Oslo, na Noruega) ao francês Jean Tirole, pelo seu estudo sobre a dinâmica das grandes corporações, sua influência sobre os mercados e a sua tendência a se tornarem ineficientes, caso não houver um planejamento complexo.
O Nobel de literatura foi para outro francês, Patrick Modiano, pelo conjunto da obra que reúne os traumas sofridos pela ocupação nazista em seu país. Os franceses já ganharam muitos prêmios, como Anatole France, André Gide, Albert Camus, Jean-Paul Sartre. Quem recebeu o primeiro Nobel de literatura foi Sully Proudhomme.
Por fim, o considerado mais nobre de todos os Nobel foi entregue a uma jovem paquistanesa, vítima da violência talibã: Malala Yousafzai, de apenas 17 anos. Ela foi impedida de estudar pelos terroristas radicais, e ainda levou um tiro na cabeça. Conseguiu sobreviver para mostrar a terrível situação das meninas em seu país. É a pessoa mais jovem a ganhar um Nobel. Ganhou juntamente com o professor indiano Kailach Satyarthi, ativista na luta contra a exploração do trabalho infantil. Os dois representam duas nações inimigas entre si - Paquistão e Índia - e representam os esforços para uma humanidade mais justa.
No Brasil, a repercussão de todos esses prêmios foi, como sempre, morna. Continuamos mais preocupados com a Seleção Brasileira, que venceu a Argentina por 2 a 0 no "Superclássico das Américas". Falou-se muito no Diego Tardelli e nas falhas de Neymar e Messi, mas pouco sobre a possibilidade do nosso país vir a produzir talentos dignos de ganhar um Nobel, a longo prazo. Por enquanto, não temos a capacidade nem de gerar craques no futebol.
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