Vou fazer um apanhado breve de um dia terrível para o Brasil, em sua caminhada para terminar 2014 pior do que no começo do ano.
1. O dólar está seguindo seu ritmo de alta e se aproximando perigosamente da marca de R$ 2,50. Desde 2008 não se via a moeda americana tão valorizada. As ações da Petrobras despencaram de novo, em 5%. Caso não houver condições para aliviar o mercado, logo irão calcular os riscos de falência da estatal.
2. Números da balança comercial mostram déficit comercial de US$ 939 milhões em setembro, pior marca em 16 anos. Ou seja, voltaram às cifras de 1998, ano de uma das piores crises vividas pelo Brasil.
3. O nível da campanha eleitoral nunca está tão baixo desde 1989. Continuam os ataques, e a estratégia mais agressiva na campanha deu certo logo para Dilma, justificando o pânico nos mercados, e se tornou um problema para Marina e Aécio.
4. A USP continua relativamente mal no ranking da THE (Times Higher Education), da Thomson Reuters. Melhorou, mas está longe de ser a 200a. melhor do mundo. Para piorar, o Orçamento prevê menor repasse das verbas para a Universidade, apesar do aumento dos gastos com salários de servidores nos últimos anos, promovido pela antiga reitoria.
5. Aumentaram os casos da chamada "febre chikungunya", vinda da África e transmitida pelo mosquito causador da dengue, o Aedes aegyptii. São 41 casos desse doença, que não é tão perigosa quanto a dengue hemorrágica, mas é mais um caso de doença típica de país pobre e negligente.
6. O basquete brasileiro confirma sua péssima fase, com a vexatória derrota das meninas para a França, por 61 a 48. É um número irrisório de pontos, até mesmo para a equipe vencedora. Parece que não só o basquete mas todos os outros esportes trarão vergonha ao torcedor, e estamos bem perto das Olimpíadas. Somente o vôlei consegue se safar (a Seleção feminina, com Dani Luis e Fernanda Garay, venceu de novo, desta vez as cazaques, por 3 sets a 0).
Não adianta contrabalançar tudo isso com a única boa notícia para destacar: o acordo entre o Brasil e os EUA para compensar os subsídios pagos aos plantadores de algodão nas terras dos sobrinhos de Tio Sam. Para evitar um processo na OMC, os americanos pagarão US$ 300 milhões ao governo brasileiro.
Não adianta contrabalançar tudo isso com a única boa notícia para destacar: o acordo entre o Brasil e os EUA para compensar os subsídios pagos aos plantadores de algodão nas terras dos sobrinhos de Tio Sam. Para evitar um processo na OMC, os americanos pagarão US$ 300 milhões ao governo brasileiro.
Veremos o que irá acontecer nos próximos dias. Dia 5 há a chance do brasileiro mudar os rumos do país, com as eleições.
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