Dilma e Aécio protagonizaram um debate marcado por acusações mútuas, utilizando termos mais polidos do que "ignorante", "desonesto" e "mentiroso", sempre de acordo com as orientações dos responsáveis pelas campanhas.
A candidata-presidente insistiu em falar sobre o governo de Minas Gerais e também salientou a importância de se ter 50 milhões de beneficiados pelo Bolsa-Família (*). Ela também falou sobre os Pronatecs, criadas em 2011 como versões federais das ETECs do governo paulista.
Já o tucano atacou os pontos falhos do governo federal, como a política de segurança pública, a má gestão dos serviços públicos, o péssimo retorno dos impostos e a corrupção, sobretudo na Petrobras. Ele falou bastante de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central que poderá ser ministro da Fazenda, em caso de vitória de Aécio.
De certa forma, Aécio repetiu seu desempenho nos debates anteriores. Dilma, de certa forma, também. Os dois foram agressivos, mas o tucano parecia mais firme e com pensamento mais fluente, enquanto a presidentA parecia atordoada em alguns trechos do debate (**). Quando a platéia se manifestava, na grande maioria das vezes era a favor do neto do Tancredo.
Muitos trechos do debate cansaram os telespectadores, porque muito se falava em Minas Gerais e pouco no resto do Brasil. Também se falou demais sobre o Bolsa Família e da paternidade desse programa social, como se fosse bom o Estado fazer assistencialismo ao invés de incentivar a criação de empregos. Foi exasperante ver e ouvir as acusações mútuas de "inventar dados", "confabular", "estar desinformado(a)", "não dizer a verdade", "criar lendas". Dá a incômoda sensação de que seremos escravos da mentira e da mistificação por mais 4 anos.
(*) 50 milhões de pessoas é um número elevado, mas preocupante. Não é bom que tanta gente, correspondente a aproximadamente 25% da população, esteja dependendo do governo para sobreviver.
(**) Curiosamente, nas considerações finais foi Dilma que falou de firmeza, em um discurso esforçado e pausado
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