quarta-feira, 21 de outubro de 2015

"Back to the Future Day"

Hoje é o dia mostrado no filme "De Volta para o Futuro 2", continuação do grande sucesso de Robert Zemeckis com as aventuras e desventuras de Marty McFly e o cientista doido Doc Brown. 

No filme, muito futurismo, carros voadores, skates velozes e flutuantes, lixo como combustível, calçados que se amarram sozinhos, roupas auto-secantes, postos de gasolina para lá de high-tech e um tubarão realista no filme "Tubarão 19". 

E a realidade?



Não há carros voadores mas pessoas com olhos fixos nos celulares todo o tempo e se ofendendo com qualquer coisa...

Visita da rainha Diana? Elizabeth II morreu? Em 2015 não foi bem isso que aconteceu...

Vídeo do Canal Nostalgia sobre as previsões do filme para 2015, e a realidade

Medo de um ataque terrorista fundamentalista islâmico?

Notícias sobre um certo grupo que quer fazer do Iraque e da Síria um califado e manda crucificar e decapitar os inimigos como se fosse na Antiguidade?

Profusão de carros velhos ainda em circulação?

Culto a um seriado que mostra uma Idade Média idealizada - mais glamourosa e mais sangrenta?

Massacre em faculdade todo ano?

Governantes mentindo descaradamente, e o povo aceitando as mentiras? Dois casos: uma chefe de Estado que nega a existência de corrupção no seu país apesar das evidências em contrário, e um líder de outro país que defendeu a tese de um chefe muçulmano ter inspirado Hitler a fazer o Holocausto. 

O risco de eleger Donald Trump como presidente da República? Para substituir um presidente negro? (em 1989 a possibilidade de uma pessoa afro-descendente assumir a Casa Branca era vista como impensável, assim como a de um milionário excêntrico e fanfarrão exercer o referido cargo)

Nada desses fatos aparentemente medievalóides e/ou obscurantistas foi abordado no filme.

Isso porque eu não citei a cultura "hipster" de estilo de vida alternativo e gosto por artefatos "retrô". Muito menos o que se passa em países bem menos avançados, como uma certa nação, enorme tanto no território quanto na roubalheira e na crise generalizada - econômica, política, moral, social - e com enorme dificuldade para sair do atraso, apesar de ser o "país do futuro"...

Por outro lado, acertaram em algumas coisas, como o uso da tecnologia 3D e dos aparelhinhos para videoconferências. Aliás, aquelas traquitanas são sucata perto dos smartphones. E foram até bem caretas em outros aspectos: o logotipo da Pepsi do filme é bem menos chamativo do que o real. 

E as garrafinhas não podem ser comparadas àquelas de 600 ml vendidas agora, na vida real (do Youtube)

Uma coisa é certa: no 2015 da vida real muita gente está suspirando pela década em que foi produzido o filme: a de 1980, um dos temas recorrentes deste blog ("oitentolatria"). 

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