terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nobel e o imenso Ignobelistão

Continuam as premiações do Nobel enquanto o mundo enlouquece.

Hoje, foi a premiação dos físicos cujo trabalho é o estudo dos neutrinos, partículas subatômicas sem carga extremamente abundantes no Universo. Os contemplados são o japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur McDonald, respectivamente da Universidade de Tóquio e da Queen's University. Essas partículas mudam de estado durante sua trajetória entre os locais de emissão e os de recepção. Tais propriedades são incompatíveis com partículas consideradas sem massa.

Enquanto isso, no Ignobelistão, isto é, boa parte do mundo, continuam os conflitos.

A animosidade entre israelenses e palestinos continua, enquanto os russos bombardeiam a Síria - e seus alvos são, na maior parte, locais onde estão rebeldes contra Assad, longe do território ocupado pelos terroristas do Estado Islâmico. Para piorar, as forças armadas russas são acusadas de invadir espaço aéreo turco, provocando grande irritação em Ancara. O presidente Rayyip Erdogan chamou o embaixador em Moscou para consultas.

Continuam as investidas do Boko Haram para instalar um califado na África, ao estilo dos seus aliados do Estado Islâmico. Na América Latina, os governos ditos "bolivarianos" continuam oprimindo seus países com falsas promessas de melhorar a vida dos pobres, enquanto mergulham as economias no marasmo e perseguem a oposição. 

Este nosso país também faz parte do Ignobelistão, com os teimosos esforços do PT de se manter no poder, enquanto o maior colaborador para o impeachment é acusado de desvios de dinheiro e ter contas na Suíça. Esta luta pelo poder ganhou um novo round, com o TSE decidindo abrir processo para cassar o mandato de Dilma e também de Temer, devido às denúncias de suposto "estelionato eleitoral". De fato, a campanha de 2014 foi uma das mais sórdidas de nossa história recente. Nosso país ainda vai demorar muito para deixar de ser uma terra dominada pelos ignóbeis, e, repito, só esforços cabais pela melhoria da educação no Brasil vão nos salvar. Esses esforços podem produzir, quem sabe, futuros agraciados com o Nobel. Há vida, há esperança...

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