Nesta semana houve um monte de assuntos que merecem, cada um deles, uma postagem própria. Por eu estar ocupado com os trabalhos de pós-graduação, não terei tempo para isso, mas abordarei cada acontecimento de forma a ser o menos superficial possível, usando poucas palavras.
Destaco cinco deles:
Assunto 1: A derrota dos chavistas nas eleições venezuelanas.
Assunto 2: A vitória dos ultra-conservadores nas eleições da França.
Assunto 3: A derrota do governo paulista na sua tentativa de reformular o ensino.
Assunto 4: O rebaixamento do Vasco da Gama e outros três times no Brasileirão.
Assunto 5: A morte de Marília Pera.
Assunto 1
Como a oposição esperava, as eleições legislativas da Venezuela neste domingo deram ampla maioria ao MUV, a coligação de partidos anti-chavistas. Nicolas Maduro sofreu terrível derrota: 114 cadeiras do Parlamento foram para os opositores e apenas 54 passarão a ser ocupadas por quem o apoia. Esta é mais uma derrota das ideias populistas ditas "bolivarianas" na América do Sul, e terá sérias consequências na política latino-americana. Maduro terá de conviver com um Parlamento que não o apoiará, até 2019, quando serão realizadas novas eleições presidenciais. Até lá, a Venezuela irá sofrer com a inflação alta, o aumento da miséria e da violência e os desafios de tentar contornar a dependência do petróleo, cujo valor despencou ao longo deste ano.
Assunto 2
Outra eleição parlamentar, mas desta vez preocupante, é na França. Devido aos ataques provocados pelo extremismo islâmico, os franceses deram mais votos, no primeiro turno das eleições regionais, aos ultra-nacionalistas da Frente Nacional comandados por Marine Le Pen. Em segundo lugar, ficou a aliança chefiada pelos Republicanos, chefiados por Nicolas Sarkozy. Ou seja, os grandes derrotados foram os Socialistas, do presidente atual, François Hollande, acusado de complacência com o terror. Por outro lado, teme-se que o chauvinismo da Frente Nacional, cuja vitória parcial significa o fim da polaridade Republicana-Socialista, resulte em hostilidade não só contra os islâmicos, mas contra os imigrantes em geral, vindos de países mais pobres.
Assunto 3
O governo paulista pagou o preço de fazer uma reforma nas vagas das salas de aula sem a devida discussão com a sociedade civil. Teve de enfrentar manifestações de estudantes insatisfeitos - com muita gente disposta a tornar essa insatisfação uma luta política, com elementos estranhos à educação, como o MTST, ligado à militância dos sem-teto, e o Movimento Passe Livre. Após dias de escolas ocupadas e repressão da polícia, vista como exagerada pelo uso de cassetetes, gás lacrimogêneo e de pimenta mas perfeitamente amparada pela lei, o governo se desgastou, acabou revogando o remanejamento de estudantes, e tudo fica para 2017. Mesmo assim, ainda há ocupações, sob a alegação de forçar o governo a revogar em definitivo a medida. Aí, neste caso, quem não quer o diálogo não é o governador.
Assunto 4
Não adiantou a reação tardia empregada pelo Vasco da Gama no Brasileirão. O empate com o Coritiba por 0 a 0 e a derrota do rival (visto como possível "salvador") Fluminense diante do Figueirense por 1 a 0, decretou o rebaixamento. Eurico Miranda, presidente do Vasco, havia bravateado, dizendo que iria para a Sibéria se o clube descesse. Como era esperado, o cartola deu suas justificativas para não embarcar para aquela terra gelada, mas teve de reconhecer a sua parte no ônus, dizendo que é uma mancha em seu currículo. Além do Vasco, descem o Avaí (que empatou com o campeão Corinthians), o Goiás (perdeu do São Paulo, que se garantiu na Libertadores) e o Joinville, lanterna do campeonato.
Assunto 5
Depois da comédia do Brasileirão, um assunto bem mais triste, que é a perda de uma das maiores atrizes brasileiras, Marília Pera. Premiada no teatro, no cinema, na televisão, a artista lutava contra um câncer e sucumbiu à doença aos 72 anos. Ela também mostrou ter muito talento como cantora, interpretando Carmen Miranda, Maria Callas e Dalva de Oliveira, e como diretora, na peça O Mistério de Irma Vap. Marília Pera vai fazer muita falta.
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