segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Cinco assuntos em destaque no final de semana

Nesta semana houve um monte de assuntos que merecem, cada um deles, uma postagem própria. Por eu estar ocupado com os trabalhos de pós-graduação, não terei tempo para isso, mas abordarei cada acontecimento de forma a ser o menos superficial possível, usando poucas palavras. 

Destaco cinco deles: 

Assunto 1: A derrota dos chavistas nas eleições venezuelanas. 
Assunto 2: A vitória dos ultra-conservadores nas eleições da França. 
Assunto 3: A derrota do governo paulista na sua tentativa de reformular o ensino. 
Assunto 4: O rebaixamento do Vasco da Gama e outros três times no Brasileirão. 
Assunto 5: A morte de Marília Pera. 


Assunto 1

Como a oposição esperava, as eleições legislativas da Venezuela neste domingo deram ampla maioria ao MUV, a coligação de partidos anti-chavistas. Nicolas Maduro sofreu terrível derrota: 114 cadeiras do Parlamento foram para os opositores e apenas 54 passarão a ser ocupadas por quem o apoia. Esta é mais uma derrota das ideias populistas ditas "bolivarianas" na América do Sul, e terá sérias consequências na política latino-americana. Maduro terá de conviver com um Parlamento que não o apoiará, até 2019, quando serão realizadas novas eleições presidenciais. Até lá, a Venezuela irá sofrer com a inflação alta, o aumento da miséria e da violência e os desafios de tentar contornar a dependência do petróleo, cujo valor despencou ao longo deste ano. 


Assunto 2

Outra eleição parlamentar, mas desta vez preocupante, é na França. Devido aos ataques provocados pelo extremismo islâmico, os franceses deram mais votos, no primeiro turno das eleições regionais, aos ultra-nacionalistas da Frente Nacional comandados por Marine Le Pen. Em segundo lugar, ficou a aliança chefiada pelos Republicanos, chefiados por Nicolas Sarkozy. Ou seja, os grandes derrotados foram os Socialistas, do presidente atual, François Hollande, acusado de complacência com o terror. Por outro lado, teme-se que o chauvinismo da Frente Nacional, cuja vitória parcial significa o fim da polaridade Republicana-Socialista, resulte em hostilidade não só contra os islâmicos, mas contra os imigrantes em geral, vindos de países mais pobres. 


Assunto 3

O governo paulista pagou o preço de fazer uma reforma nas vagas das salas de aula sem a devida discussão com a sociedade civil. Teve de enfrentar manifestações de estudantes insatisfeitos - com muita gente disposta a tornar essa insatisfação uma luta política, com elementos estranhos à educação, como o MTST, ligado à militância dos sem-teto, e o Movimento Passe Livre. Após dias de escolas ocupadas e repressão da polícia, vista como exagerada pelo uso de cassetetes, gás lacrimogêneo e de pimenta mas perfeitamente amparada pela lei, o governo se desgastou, acabou revogando o remanejamento de estudantes, e tudo fica para 2017. Mesmo assim, ainda há ocupações, sob a alegação de forçar o governo a revogar em definitivo a medida. Aí, neste caso, quem não quer o diálogo não é o governador. 


Assunto 4

Não adiantou a reação tardia empregada pelo Vasco da Gama no Brasileirão. O empate com o Coritiba por 0 a 0 e a derrota do rival (visto como possível "salvador") Fluminense diante do Figueirense por 1 a 0, decretou o rebaixamento. Eurico Miranda, presidente do Vasco, havia bravateado, dizendo que iria para a Sibéria se o clube descesse. Como era esperado, o cartola deu suas justificativas para não embarcar para aquela terra gelada, mas teve de reconhecer a sua parte no ônus, dizendo que é uma mancha em seu currículo. Além do Vasco, descem o Avaí (que empatou com o campeão Corinthians), o Goiás (perdeu do São Paulo, que se garantiu na Libertadores) e o Joinville, lanterna do campeonato.


Assunto 5

Depois da comédia do Brasileirão, um assunto bem mais triste, que é a perda de uma das maiores atrizes brasileiras, Marília Pera. Premiada no teatro, no cinema, na televisão, a artista lutava contra um câncer e sucumbiu à doença aos 72 anos. Ela também mostrou ter muito talento como cantora, interpretando Carmen Miranda, Maria Callas e Dalva de Oliveira, e como diretora, na peça O Mistério de Irma Vap. Marília Pera vai fazer muita falta. 

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